Cristo e a Lei (3)

 


Este é o terceiro de uma série de 4 sermões de John MacArthur sobre Mateus 5:17-20, com o tema “Cristo e a Lei”. Veja os links no final deste texto.


1. INTRODUÇÃO

Hoje vamos continuar nosso estudo em Mateus 5:17-20. Esta é a terceira vez, hoje estaremos olhando especialmente para o versículo 19.

17 Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.
18 Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.
19 Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.

Há um clichê antigo, que se deslocou desde a década de 1960, que caracteriza o espírito desta era: “Faça o que tiver vontade de fazer”. Quantas vezes você ouviu isto? A liberdade foi equiparada a fazer o que você quer. Ou seja, não permita que ninguém lhe diga o que fazer: nem Deus, nem a Bíblia, nem seu cônjuge, nem seu chefe, ninguém.

Mas, isto não é novo. E foi a punição de Deus para o homem. A Bíblia diz que os homens “dizendo-se sábios, tornaram-se loucos” (Romanos 1:22) e “não se importaram de ter conhecimento de Deus” (Romanos 1:28), então “Deus os entregou às concupiscências de seus corações” (Romanos 1:24) e “os abandonou às paixões infames” (Romanos 1:26). É a mesma ideia.

Essa mentalidade rebelde de “faço o que tenho vontade de fazer” se revelou em duas áreas que se estendem para muitas outras áreas. Em primeiro lugar, criou uma espécie de existencialismo pessoal. O existencialismo é uma filosofia que diz: “Faça o que quiser agora. Agarre as oportunidades enquanto você pode, aproveite o agora”.

Em segundo lugar, o legado dessa filosofia foi o Estado ter assumido a função ou o direito de legislar a moralidade, dizer o que é certo e o que é errado. E isto relativizou a moral e legitimou o “faça o que você quer fazer”. E, por fim, inverteu os valores, tornando o erro algo legítimo e o correto como algo a ser combatido. O Estado passou a legislar a moral. Então, o que ouvimos hoje é: “Deixe cada qual fazer o que quiser, não precisamos de nenhum Deus que nos diga o que fazer”. E assim assistimos a aceleração da degradação do homem, através deste pensamento destrutivo.

Mesmo na igreja de Jesus Cristo, houve essa mesma atitude. A igreja foi infiltrada, em muitos casos, pela imoralidade e amoralidade. Tornou-se tolerante com perversões. Isto evoluiu até para a troca de casais e aceitação do homossexualismo. A igreja tem perdido a coragem de disciplinar as pessoas, e assim foi removendo a autoridade da Palavra de Deus.

Há outras pessoas que têm um espírito herético antinomiano [crença de que não há leis morais que Deus espera que os cristãos obedeçam]. Eles dizem que quando Jesus Cristo morreu na cruz, Ele cumpriu a Lei do Antigo Testamento e que não há nenhuma lei moral que Deus espera que os cristãos obedeçam. Isto é baseado em uma falsa interpretação do conceito de justiça ou justificação. Dizem que já fomos justificados e que não devemos nos preocupar com nada mais.

Há movimentos heréticos que acreditam que o cristão tem duas partes: o novo e o velho homem. E quando você peca, é o velho homem que pecou, sem consequência alguma. Assim, dizem eles, não adianta disciplinar o velho homem. É assim que nascem e se desenvolvem todo tipo de perversão que se rebela contra os padrões divinos. São homens que “convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo” (Judas 1:4).

Isso não é o que a Bíblia ensina. A Bíblia não ensina que fomos feitos para viver sem lei, contra um padrão divino ou que a graça nos liberta da responsabilidade para obedecer às leis de Deus ou, ainda, que Deus alterou qualquer um de seus padrões morais. Isso, de fato, é o que Jesus está ensinando nesta passagem.

Então, levantamos a pergunta: “Qual é a relação do cristão com a lei de Deus?”. Fomos salvos pela fé. A Bíblia fala sobre ser livre da lei, mas o que significa quando diz que ainda somos obrigados a obedecer? Qual é o relacionamento do crente com a lei? Estamos livres da lei ou não? Em Mateus 5:19, Jesus nos dá uma resposta bem definida, simples e direta:

Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.

Lembro-lhe que nosso Senhor está falando sobre Sua atitude em relação ao Antigo Testamento. Os judeus estavam muito curiosos sobre o que Ele pensava do Antigo Testamento. Jesus estava ensinado coisas muitos diferentes das que os líderes religiosos de Israel ensinavam. Eles estavam habituados a ouvir a tradição dos rabinos. Quando Jesus falou do que realmente diz a Lei de Deus, eles imaginaram que Jesus estava contra o Antigo Testamento, destruindo-o.

Mas Jesus reitera a preeminência do Antigo Testamento no versículo 17; a sua permanência, no versículo 18; sua pertinência, no versículo 19 e, em seguida, o seu propósito, no versículo 20. Eles estavam procurando por um rei, e ele era o Rei, mas eles estavam procurando um rei político que traria um reino externo. Ele era um Rei espiritual que traria um Reino interno. Então, em vez de falar sobre uma nova economia ou uma nova política, Jesus falou sobre um novo caráter. É disso que Ele estava falando nas Bem-aventuranças. Em vez de mudar o exterior, queria mudar o interior.

Aqui, Ele lhes diz que a chave para uma mudança no interior, a chave para se qualificar para cumprir a responsabilidade de estar em Seu Reino, é a Palavra de Deus do Antigo Testamento. Jesus mostrou que a justiça ainda está definida nos termos de Deus. Deus não mudou Sua mente. Então, Ele eleva a lei de Deus. Ele não só manteve o Antigo Testamento, como o elevou, dando o sentido correto dele.

2. A PREEMINÊNCIA DA LEI (tema do sermão 1 desta série, veja o link no final do texto)

Lembre-se de que falamos, na nossa primeira semana de estudo desta passagem, sobre a preeminência da lei, no versículo 17. Apenas para lembrá-lo, o Senhor disse: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mateus 5:17).

Nós conversamos sobre o fato de que Jesus viu a lei como preeminente. Em outras palavras, a lei estava acima de qualquer outra coisa, inclusive muito além das tradições rabínicas. Ele exalta a lei de Deus por três razões: Foi escrita por Deus; foi afirmada pelos profetas e foi cumprida por Cristo. Essas três coisas dão sua preeminência.

3. A PERMANÊNCIA DA LEI (tema do sermão 2 desta série, veja o link no final do texto)

Então, nosso Senhor falou acerca da permanência da lei. Em Mateus 5:18, Ele diz: “Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra”. Os judeus procuravam um sistema mais relaxado, flexível, um padrão mais baixo. Então, Jesus não somente reafirmou a lei, como a elevou a um patamar infinitamente maior do que os líderes religiosos ensinavam.

4. A PERTINÊNCIA DA LEI

Então, agora chegamos à pertinência da lei. No versículo 19, o Senhor diz: “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus”. Ou seja, se a lei é preeminente e permanente, então a lei reivindica sua existência e vigência. Francamente, esta é uma declaração muito profunda, pois determina se você é o menor ou o maior no Reino. Ele adverte Seus ouvintes sobre a importância de viverem o padrão moral segundo Deus.

4.1. O CARÁTER DA LEI

Em primeiro lugar, Ele diz que a lei é pertinente para nós por causa de seu caráter. O que isso significa? Veja o início do versículo 19:

Aquele, pois, que violar um destes mandamentos…, ou seja, portanto, quem quer que seja que violar um destes mandamentos….

Ele está reafirmando a preeminência da lei. Foi Deus quem a escreveu, os profetas e apóstolos confirmaram e Jesus Cristo cumpriu. Como a lei é permanente, portanto, é pertinente. Tudo o que é preeminente, isto é, qualquer coisa que esteja acima de qualquer outra verdade escrita na história do mundo, qualquer coisa que seja exaltada como a própria Palavra de Deus, qualquer coisa que seja confirmada pelos profetas de Deus, tudo o que se cumpre pelo próprio Cristo, é preeminente. Porque é preeminente e porque é permanente, portanto, é vinculativo. Deus não estabeleceu regras por puro capricho. A Bíblia não faz sugestões, ela dá comandos. Há uma grande diferença. Então, o primeiro ponto é que somos responsáveis de cumprir a lei de Deus por causa de seu caráter.

4.2. A CONSEQUÊNCIA DE DESCUMPRIR A LEI

Em segundo lugar, devemos ouvir a lei porque há consequências que suportaremos se não a obedecermos. O que você e eu fazemos com a lei moral de Deus trará sobre nossas vidas um efeito direto. A maneira como lidamos com a lei de Deus nos afetará diretamente.

Existem duas categorias de pessoas: aquelas que deixam de obedecer a lei moral de Deus e ainda ensinam aos outros a fazê-lo – essas serão chamadas menores no Reino dos Céus; e aquelas que guardam os mandamentos e os ensinam – serão chamadas os maiores, ou grandes, no Reino dos Céus. Em outras palavras, através do que você faz com a lei, você será designado como o menor ou o maior.

O primeiro, o conceito de “menor”, é negativo. O versículo 19 diz que se você violar a lei ou ensinar os outros a fazê-lo, você é o menor. Deixe-me ajudá-lo a entender esse pensamento. A palavra grega traduzida como “violar” tem o sentido de “afrouxar, liberar, anular, destruir”. O sentido da frase, no original, é Jesus dizendo: “Eu não vim anular (ou afrouxar ou destruir ou anular) qualquer traço da lei, e se você fizer isso, você será considerado o menor no Reino”. Alguns são tentados ao engano, dizendo-se obedecer algumas partes dos mandamentos de Deus, mas desprezando outras. Isto não é uma atitude de um cristão verdadeiro.

Observe que Ele trata do “menor dos mandamentos”. Havia mandamentos maiores que outros, e os judeus acreditavam assim. Os judeus dividiram o Antigo Testamento e suas leis em duas categorias: positiva e negativa. Eles diziam que havia 248 mandamentos positivos e 365 negativos (um para cada dia do ano). Então, havia 613 mandamentos. Eles debatiam sobre quais eram os pesados e quais eram os mais leves, os mais importantes e os menos importantes. Eles estavam mais preocupados em concentrar-se nos mais importantes.

No entanto, Jesus não deixou nada de fora. Apenas disse: “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus…”. Ele deixou muito claro que se referia à lei de Deus como um todo, sem relativizar qualquer parte, por menor que seja.

As partes cerimoniais, civis e judiciais da lei tiveram o seu cumprimento em Cristo. Quando elas foram cumpridas, deixaram de ser vinculantes para nós. Mas, até aquela época, todas elas eram vinculativas. E todo o conselho de Deus é vinculativo. Por isso Paulo disse: “Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus”. E é por isso que eu sou muito animado aqui ensinando a vocês o conselho de Deus.

Lembre-se, havia algumas partes da lei cerimonial e da lei civil (ou judicial), relacionadas a Israel, que Cristo cumpriria. Em outras palavras, quando Cristo separou Israel e construiu Sua igreja, a lei civil relativa à nação de Israel foi posta de lado. Quando Cristo morreu na Cruz, a lei cerimonial foi posta de lado. O véu foi partido em dois, o santo dos santos estava aberto, o sistema de sacrifícios foi abolido. Poucos anos depois, toda a cidade de Jerusalém foi destruída, o templo foi demolido e nunca mais houve sacrifícios judeus desde então. Assim, quando Cristo veio, as leis judiciais, civis e cerimoniais foram cumpridas. Mas, a lei moral de Deus não mudou.

4.3. HÁ MANDAMENTOS MAIORES QUE OUTROS?

Quanto à questão de saber se alguns mandamentos são mais importantes do que outros, apenas para dar uma visão, vejamos Mateus 22. Aqui temos o que deve ser o fim de tal discussão sobre qual é a parte mais importante da lei de Deus. Os fariseus e saduceus estão envolvidos aqui. Os fariseus vieram, e um deles, que era advogado, perguntou a Jesus: “Mestre, qual é o grande mandamento da lei?” Isso indica que essa era uma discussão entre eles. Eles queriam saber qual era o mandamento mais importante. Jesus lhes respondeu:

37 Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
38 Este é o primeiro e grande mandamento.
39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
40 Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

Então, mesmo o Senhor reconheceu que havia variedade de intensidade e grau de importância para os vários mandamentos. Portanto, é possível que, existindo um grande mandamento, também exista um menor. Em Mateus 23:23 Jesus diz:

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.

Assim, na lei de Deus, havia graus. Havia mandamentos maiores e menores. Essa é apenas uma nota de rodapé para ajudá-lo a entender que é possível violar o que o Senhor veria como um mandamento menos importante, talvez. Por isso Jesus enfatizou uma alerta sobre cumprir e ensinar todos os mandamentos, por menor que fossem.

4.4. O QUE É “SER MENOR” NO REINO?

Alguns entendem que quando Ele diz “ser menor no reino”, isso se refere ao que as pessoas vão pensar, ou seja, um sentido subjetivo. E não é isto. O sentido é objetivo, Deus o fará menor em Seu Reino. Não é expulsão do Reino [para quem de fato pertence a ele], mas a perda de um lugar de bênção, fecundidade, utilidade, recompensa. A desobediência produz consequências e atrai a disciplina de Deus.

Nota do site: John MacArthur está tratando de dois assuntos muito importantes. A questão da recompensa pode ser vista na parábola dos talentos (Clique aqui e leia um sermão de John MacArthur sobre este tema). A questão da segurança eterna da salvação é tema de uma série de sermões sobre a doutrina da graça (Clique aqui e leia o primeiro).

Então, a Bíblia diz que mesmo o menor mandamento, quando violado, faz de você o menor. Você vê, a razão é essa. Se você quebrar qualquer parte da lei de Deus, você quebrou o todo, certo?. Tiago 2:10, diz: “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos”. Você ofende em um ponto e você mostra uma irreverência para com toda a lei de Deus! Jesus está dizendo: “Se você violar o princípio em qualquer ponto, então você mostrou desrespeito pela totalidade da lei de Deus, que é um desprezo pela santidade de Deus”. Essa pessoa seria o menor no Reino.

Há também outra possibilidade de interpretação nesta passagem, de que ele estaria falando com os escribas e fariseus, e que Ele os inclui no Reino somente em um sentido visível. Eles são os falsos cristãos, eles não são reais e o que Jesus está dizendo a eles é: “Vocês que apenas ocupam um lugar físico no Reino [igreja visível, mas não real], que se unem ao Reino externamente e não obedecem às leis de Deus, vocês serão os menores do Reino”. A implicação é que o julgamento final os expulsará do Reino. Seria o cumprimento de João 15:6,onde Jesus diz: “Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem”.

Eu não sei especificamente a quem nosso Senhor se referia aqui. Alguns comentaristas creem que Ele está se dirigindo aos verdadeiros cidadãos do reino, porque no verso 20 Ele os contrasta com os escribas e fariseus, dizendo: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”. Por outro lado, outros entendem que Ele está se dirigindo a toda multidão, onde a maioria pensava estar no reino, mas seria expulsa pelo juízo.

Nota do site: Jesus usou a palavra reino para designar o conjunto dos verdadeiros crentes, bem como, às vezes, para designar todas as pessoas, inclusive as que apenas estavam aparentemente no reino, mas não pertenciam a ele, como em Mateus 13.

Pessoalmente, eu vejo mais fundamento na primeira interpretação. Por causa do contraste no verso 20, penso que Ele está dirigindo mais para aqueles que se comprometeram com o reino.

É algo grave quebrar a lei de Deus, mais grave ainda é ensinar alguém a fazer isso. Tiago diz: “meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tiago 3:1). Eu digo aos jovens o tempo todo: “Se Deus não o chamou para o ministério, corra a um milhão de quilômetros de distância dele! Não queira uma responsabilidade como essa!”. Lembro-me dos temores que tive no início de meu ministério, ao conhecer minhas fragilidades e fraquezas, de ser responsável por induzir alguém ao erro. Isto quase me levou a desistir dele.

Jesus disse: “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus”. Você pode ensinar pelo que diz e pode ensinar pelo que faz. Se suas palavras não estão corretas ou seu exemplo não está correto, você está quebrando os mandamentos, e você está diminuindo seu lugar no reino de Deus. Se você vai ensinar, ensine a verdade acompanhado de seu exemplo de vida ou não ensine nada. 

Porém, embora Cristo não tenha vindo abolir literalmente e totalmente a lei, há crentes que, por sua própria vontade e pecado, deixam-na de lado. Isso é algo que o próprio Cristo não faria. Então, ensinam aos outros a fazê-lo. Os fariseus foram culpados disso, e também muitas pessoas hoje o são. A igreja sempre foi atacada por hereges do lado de fora e hereges por dentro. Ah, como eles são condenados nas Escrituras! Os apóstolos alertaram muito sobre falsos mestres que atacariam o rebanho.

Então, se você quebra a lei de Deus ou ensina outros a fazerem o mesmo, você é o menor no reino. Mas, há outra consequência em Mateis 5:19, onde Jesus diz: “aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus”. Este é o lado positivo. Observe bem que Ele junta as duas coisas: observar e ensinar. Não é apenas ensinar, mas viver primeiro, ser exemplo, validando assim seu ensino.

Nesse tempo em que Jesus estava falando, Israel ainda era uma nação, estava ainda sob a lei civil do Antigo Testamento e sob a lei cerimonial. Eles faziam todos os sacrifícios, todas as festas, guardavam todos os sábados e todas as outras ordenanças, porque Cristo ainda não havia morrido. A igreja ainda não havia nascido, então, no momento em que Jesus falou, Israel estava sob a lei civil, a lei cerimonial e a lei moral. Tudo era obrigatório para eles.  Nada havia mudado para eles até aquele momento.

Agora, para nós, a lei civil, constituída para Israel como nação, foi cumprida. A lei cerimonial, que criou o sistema de sacrifício e o sacerdócio, foi cumprida. Nós temos um novo sacerdote, um novo sacrifício, e um novo templo não feito com mãos. A única lei que nos resta, na verdade, é a lei moral. A lei que é a extensão do caráter de Deus e Sua natureza, que ainda é vinculativa para nós [Nota do site: A lei moral são os dez mandamentos. Quanto ao sábado, veja o sermão 2 desta série, link abaixo].

Em I Tessalonicenses 2:10-12, Paulo diz:

Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, e justa, e irrepreensivelmente nos houvemos para convosco, os que crestes. Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos; Para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória.

Em outras palavras, Paulo diz: “Vocês sabem que nós vivemos uma vida santa, justa e sem culpa entre vocês, mantendo os padrões de Deus”. Nada mudou quanto à lei moral de Deus. Veja algumas palavras de Paulo, mostrando que nada havia mudado, que o padrão moral que Deus estabeleceu na Antiga Aliança está totalmente de pé:

Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação (I Tessalonicenses 4:7).

Ordena e ensina estas coisas… Sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza (I Timóteo 4:11-12).

Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão (I Timóteo 6:11).

Então, a ideia é que a lei cerimonial foi cumprida na Cruz; a lei civil ou judicial foi cumprida no nascimento da igreja, quando Israel foi posto de lado. Um novo povo foi esculpido para uso de Deus. Mas a extensão da natureza de Deus, e Sua lei moral e ética, ainda é a mesma. Portanto, devemos obedecê-la por causa de seu caráter e consequência.

4.5. O QUE A LEI REVELA

Quero fechar com um terceiro motivo. Devemos obedecer por causa do que ela revela. O apóstolo Paulo ansiava por ir ao Céu, porque sabia que receberia uma coroa. Ele sabia que havia uma coroa da vida esperando por ele, uma coroa de justiça (II Timóteo 4:8), de alegria e glória (I Tessalonicenses 2:19) , de vencedor (II Timóteo 2:5) e uma coroa incorruptível (I Coríntios 9:25). Ele sabia de pelo menos cinco coroas esperando por ele no céu. Por quê? Porque ele não quebrou a lei de Deus voluntariamente e sem arrependimento, mas ele manteve a lei de Deus e ensinou os outros a guardarem a lei de Deus. Então, devemos obedecer por causa de seu caráter, consequência e pelo que ela revela. O que quero dizer com isso é apenas isso.

As pessoas dizem: “Bem, sim, o versículo 19 diz que, no entanto, isso estava na antiga dispensação. Isso foi no passado, e agora isso não está em voga. Foi antes da Cruz”. Você ficaria surpreso com a quantidade de pessoas que dizem que não podem levar muito a sério algo do Antigo Testamento. E se refugiam numa leitura distorcida de Romanos 7, como que dizendo: “Olha Deus, eu não posso fazer nada, minha carne quer o pecado, dê um jeito nisso aí na ressurreição”.

Não há como dispensacionalizar. Mateus 5:19 temos o que a lei revela, algo que é repetido em todo o Novo Testamento. Os apóstolos ensinaram duas verdades paradoxais e tremendamente importantes.

5. EM QUE SENTIDO A LEI FOI CUMPRIDA E NÃO É MAIS VINCULATIVA?

Primeira verdade: Um princípio que encontramos nas epístolas de Pedro, Paulo, João, Tiago e Judas. O que eles estão realmente dizendo é que, em certo sentido, a lei foi cumprida e não é mais vinculativa. Eles ensinam isso em algum sentido.

A lei civil ou judicial foi dada a Israel enquanto nação, para distingui-la das demais nações. Israel tinha leis dietéticas, de vestuário etc. Você sabe a primeira coisa que aconteceu quando Cristo criou a igreja? Efésios 2:14 diz: “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio”. A primeira coisa que Ele fez foi quebrar a parede do meio.

O que era esse muro? Era a lei civil ou judicial que separava Israel do mundo dos gentios, de modo que, quando Deus deu à luz a igreja, o muro caiu e os judeus e os gentios se tornaram um. Não havia mais leis dietéticas, nem mais leis culinárias etc. Em Atos 10, Pedro faz distinção entre animais limpos e imundos. O Senhor simplesmente diz: “Levanta-te, Pedro, mata e come, e não ouses chamar de impuro o que Deus tem santificado”.

Não há mais diferença. Não há mais diferenças civis, não há mais identificação judicial de Israel como uma entidade separada. Há uma mistura de judeus e gentios na igreja. A barreira foi derrubada. As epístolas definitivamente ensinam que a lei civil ou judicial havia chegado ao fim.

Agora, e a lei cerimonial? A lei cerimonial era para vigorar por um tempo limitado. Marcos 15:37-38 diz que, no momento da morte de Jesus Cristo, o véu do templo foi rasgado de cima para baixo. Foi um marco do fim da lei cerimonial. Olhe para Colossenses 2:16-17, que diz: ”Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”. Se você ainda tem dúvida sobre isso, leia a Epístola aos Hebreus.

E quanto à lei moral? As epístolas ensinam que a lei moral não é mais vinculativa? Em um certo sentido, sim. Colossenses 2:14 diz: “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz”.

Deus tinha uma lei moral, e toda vez que o homem quebrou essa lei moral, Deus registrou isso, formando uma cédula de condenação pelas leis descumpridas por nós. Então, você sabe o que Deus fez? Ele a colocou em Jesus, a cravou na cruz e pagou a penalidade.

Nota Bíblia de Estudos MacArthur: A palavra grega traduzida como “cédula” dizia respeito a um certificado de dívida, escrito manualmente, por meio do qual o devedor reconhecia sua dívida. A lista dos crimes de um criminoso condenado à morte de cruz era encravada nela, com a finalidade de se declarar publicamente as violações que levaram aquela pessoa à morte. Os pecados de todos os salvos foram postos na conta de Cristo, encravados em sua cruz, quando Ele pagou o castigo que era nosso, satisfazendo assim, a justiça de Deus.

Nesse sentido, e somente nesse sentido, a lei não é vinculativa para você: o sentido da pena da lei. Você não está mais sujeito a sofrer a penalidade da lei. Quem pagou a penalidade por você? Jesus. Então, você não sofrerá a consequência do seu pecado em termos de penalidade final. Romanos 6:14-15,22 diz:

Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum. Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.

5.1. HÁ ALGUMA DIMINUIÇÃO OU SUPRESSÃO NA LEI MORAL? 

Não. Apenas não estamos mais sob o poder da pena da lei. Cristo morreu na Cruz, e você, pela fé, morreu nEle. Isso paga a pena, então, nesse sentido, você não está mais de acordo com a lei. Ou seja, a lei não tem poder para matá-lo. A lei tem uma penalidade, o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23) e Cristo cumpriu esta pena.

Romanos 10:4 diz: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê”. Em que sentido? De que nós não precisamos obedecer? Não é isto. O verso tem somente o sentido de que Ele pagou a penalidade. Nós não estamos mais sob a sua maldição. Ele diz o mesmo, em Gálatas 5:18: “Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei”. Se você possui o Espírito de Deus, e o Espírito de Deus está se movendo em sua vida, significa que você foi tirado da maldição da lei e da pena da lei. Em um sentido adicional, você literalmente pode cumprir a lei pelo poder do Espírito Santo.

Isso é algo que é repetido muitas vezes em Gálatas, e não temos tempo para ver todos os textos. Gálatas 3:24-25 diz:

24 De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.
25 Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio.

Em outras palavras, não precisamos mais da lei para nos atingir, chicotear, amarrar, bater em nós. Não precisamos da lei para trazer maldição sobre nós, porque Cristo suportou tudo isso. A lei teve uma penalidade. Gálatas 3:10 diz: “Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las”. Você foi amaldiçoado, mas aqui veio Jesus e tomou sua maldição sobre Si mesmo.

6. EM QUE SENTIDO A LEI AINDA É VINCULATIVA

Esse é o sentido em que a lei moral não é mais vinculativa. Então, o que vemos? As epístolas ensinam que, de certo modo, não estamos sob a lei. Moralmente? Somente em um sentido: já não estamos sob a pena da lei e, francamente, não precisamos estar sob seu poder, não é? Porque caminhamos no poder do Espírito para cumprir a lei de forma positiva. Não precisamos sentir a culpa que vem quando violamos a lei.

Algumas pessoas dizem que o Evangelho derruba a lei, mas isso não é verdade. O Evangelho exalta a lei, porque para que Cristo nos salvasse, Ele teve que cumprir toda a pena da lei que estava sobre nós. Nunca esqueça disso.

A pessoa que confia em Cristo não está mais condenada pela lei. Olhe para Romanos 7:1 para a última palavra sobre este ponto. Ele diz: “Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?”. Aqui ele está falando de autoridade. Não importa a gravidade dos pecados, o cristão verdadeiro não está mais sujeito à acusação e ao castigo da lei depois de morrer. Então, ele dá uma ilustração nos versículos 2-4, que dizem:

2 Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido.
3 De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido.
4 Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.

Em outras palavras, ele diz: “A lei só é boa até você morrer. Por exemplo, o casamento – as leis do casamento são vinculativas até você estar morto. Quando você está morto, elas não são mais vinculativas”. Isso é tudo.

Nota Bíblia Estudos John MacArthur: Os versículos 2 e 3 formam uma analogia simples, e não uma alegoria complexa que usa a lei do casamento para ilustrar o argumento que Paulo acabou de apresentar sobre a jurisdição da lei. Essa passagem não está ensinando que somente a morte de um cônjuge deixa o cristão livre para casar novamente. Também não está absolutamente ensinando sobre o divórcio e um segundo casamento. Paulo trata disto em I Coríntios 7 e Jesus em Mateus 5 e 19. [Clique aqui e leia uma série de 6 sermões de John MacArthur sobre divórcio e novo casamento].

O versículo 4 diz: “vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro”, ele quer dizer o corpo crucificado de Cristo. Quando você colocou sua fé em Jesus Cristo e se uniu com Ele na Sua morte, então você morreu para a lei em termos de seu poder e penalização, e você ressuscitou em uma nova vida.

Você não está mais dentro da lei nesse sentido, então o versículo 6 diz: “Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra”. Ou seja, não é liberdade para fazer o que a lei de Deus proíbe, mas a liberdade dos compromissos espirituais e castigos da lei de Deus. Um novo estado de mente produzido pelo Espírito Santo, caracterizado por um novo desejo de manter a lei Deus e capacidade de fazer isto.

As epístolas ensinam que a lei ainda é vinculativa para o crente em algum sentido. Somos livres, em outro sentido, no sentido da pena, no sentido de seu poder dominante sobre nós. Mas a lei também é vinculativa em outro sentido.

Por exemplo, em I Corinthians 9:21, diz: “Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei”. Não é ótimo? Quando você se torna cristão, você não é sem lei, você está sob a lei de Cristo. Paulo não estava ensinando a violação da lei moral, mas a estar debaixo da lei de Jesus Cristo.

Em Romanos 7:7 diz: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás”. Paulo queria ter certeza que seus leitores não pensassem que a lei de Deus era má. A lei revela o padrão divino, e este padrão serve para desnudar a pecaminosidade do homem. Veja os versos 8:

Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado.

A palavra “ocasião” descreve o ponto inicial ou a base de operações para uma expedição. O pecado usa as exigências específicas da lei como base de operação para lançar suas obras malignas. Confrontada pela lei de Deus, a natureza rebelde do pecador considera o pecado mais atraente, afirmando sua própria vontade. Quando a lei vem, o pecado torna-se totalmente ativo e sobrepuja o pecador. É assim que a natureza humana é. E no verso 8 diz:

E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.

“Sem lei” não é ignorância ou falta de interesses pela lei, mas uma concepção exterior e imperfeita dela. Quando ele começou a entender as verdadeiras exigências da lei moral de Deus, em algum momento antes da conversão, o pecado reviveu. Ele tomou consciência de sua condição de pecador desesperadamente perverso. Espiritualmente, ele tomou conhecimento de sua morte e que suas credenciais religiosas eram coisas sem valor. Ele diz, então: “E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom” (v.12).

Você diz: “Devemos manter a lei?” Sim. Paulo diz mais adiante neste capítulo que ele quer muito manter a lei de Deus. No versículo 22, ele diz: “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus”. Ou seja, o novo ser interior do cristão justificado não mais compactua com o pecado, mas alegremente concorda com a lei de Deus, contra o pecado. Então, ele diz no verso 23:

Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.

O que ela está dizendo? Ele trata de um princípio espiritual que está no verso 21: “Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo”. Ou seja, a lei do pecado que opera em sua humanidade ainda não redimida e pecaminosa, travando uma guerra com seu desejo de obedecer a lei de Deus. No verso 24, ele exclama: “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?”. Então, em Romanos 8:3-4 ele diz que Deus enviou seu Filho “Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”.

Deixe-me resumir: o que as epístolas ensinam? Elas ensinam o que eu chamo de esclarecimento de Mateus 5:19. Por um lado, em certo sentido, a lei desaparece. Não é mais vinculativa cerimonial, civilmente e no sentido de sua consequência moral e penalidade. Mas, em outro sentido, a lei ainda é vinculativa, de modo que Paulo pôde dizer: “Eu me deleito na lei de Deus. Portanto, a justiça da lei é cumprida em nós que não andamos segundo a carne, mas segundo do Espírito”. Ele está dizendo: “Eu me deleito nisso”, no capítulo 7 e “eu cumpro”, no capítulo 8. Amado, essa é a mensagem que o Senhor estava dando ali.

Cumpra a lei. Não quebre nem o mínimo de Seus mandamentos. Por quê? Porque a lei é preeminente, a lei é permanente e a lei é pertinente. Deus nos ajude a sermos obedientes. Eu não sei sobre você, mas eu não quero ser o menor no Reino. Que tipo de resposta é essa para com Deus, que me deu tudo? Examine-se. Vamos nos curvar em oração.

Senhor, tivemos um ótimo momento esta noite, cantando e compartilhando, e nossos corações foram maravilhosamente abençoados de muitas maneiras. Eu só peço a Ti que tome esses pensamentos simples, que talvez não contenham tudo o que precisava ser dito, e de alguma forma os aplicaque aos nossos corações. Ajude-nos a entender que o Senhor fez tanto por nós, dado tanto por nós – morrendo em uma cruz, levando nossos pecados. Em Ti, tudo foi cumprido, e Tu nos deste o poder de andar, não segundo a carne, mas segundo o Espírito, para que nós também possamos cumprir Tua lei. Quão incrível, Pai, que, fora de Jesus Cristo, nunca poderíamos cumpri-la, não importa o quão duro tentássemos.

Nós não queremos ser libertinos, não queremos ser legalistas, só queremos ser fiéis à lei. Queremos tomar o que é legítimo nosso para obedecer, e com o espírito de obediência, que aprecia o privilégio, queremos dizer “sim” aos Teus comandos. Por isso, nós Te louvamos, por termos o privilégio em Cristo de sermos considerados dignos de ouvirmos Tua voz e obedecer. Em nome de Cristo, Amém.


Esta é uma série de sermões sobre Cristo e a Lei, conforme links abaixo:


Esta é uma série de  sermões de John MacArthur sobre o Sermão da Montanha

Clique aqui e veja o índice com os links dos sermões traduzidos já publicados desta série

Clique aqui e veja também o índice com os links dos sermões traduzidos sobre o Evangelho de Mateus


Este texto é uma síntese do sermão “Christ and the Law, Part 3”, de John MacArthur em 04/03/1979.

Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:

https://www.gty.org/library/sermons-library/2211/christ-and-the-law-part-3

Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno


 

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