O chamado de Filipe

Este texto é parte de uma série de 12 sermões sobre o chamado dos apóstolos. Veja os links dos demais textos no fim desta página.

Eu quero chamar você de volta para o nosso maravilhoso estudo acerca dos doze apóstolos. Você pode abrir sua Bíblia novamente no capítulo 6 de Lucas e vamos dar uma olhada no próximo nome na lista dos doze, o quinto, Filipe. Os doze apóstolos são nomeados nos versos 14 a 16 de Lucas 6:

14 Simão, ao qual também chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu;
15 Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote;
16 E Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que foi o traidor.

Aqui Lucas nos apresenta os doze que Jesus trouxe para perto de Si durante os dois anos restantes de Seu ministério, a fim de que Ele pudesse moldá-los em apóstolos, ou mensageiros enviados, para levarem adiante a pregação do evangelho e o estabelecimento da igreja depois que Ele voltasse para o Pai, que está nos céus.

Nós somos apresentados a estes homens que Ele agora começa a treinar formalmente e preparar-los para a tarefa mais auspiciosa e maravilhosa. O evangelho glorioso da salvação foi a mensagem que os apóstolos pregaram. Eles pregaram o evangelho. Eles foram selecionados para ser formidáveis, os pregadores oficiais do evangelho e, portanto, os fundadores da igreja de Jesus Cristo.

Ser um apóstolo, ser contado entre os doze, é, sem dúvida, a maior honra jamais dada a um ser humano. O chamado mais elevado que alguém poderia receber seria ser escolhido pelo Senhor Jesus pessoalmente para esta responsabilidade. A seleção foi notável. Ele tinha, sem dúvida, centenas de seguidores, dentre os quais Ele escolheu estes doze. Eles foram selecionados, é claro, em resposta a uma noite de oração em que a vontade de Deus foi claramente afirmada na mente de Jesus, de modo que o Senhor, no dia seguinte, selecionou os doze.

Ele os puxou para perto de Si e passou os próximos dois anos em uma comunhão muito íntima com eles, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, durante todo o Seu tempo na terra, incluindo os quarenta dias após a ressurreição, antes de Sua ascensão. Eles foram, então, pessoalmente orientados pelo próprio Jesus para serem Seus representantes oficiais.

Vamos descobrir, no capítulo 9, que Jesus deu a eles a capacidade de expulsar demônios, a capacidade de curar os doentes e até mesmo de ressuscitar os mortos, como uma maneira de autenticar sua pregação. A Bíblia não havia sido escrita e, portanto, quando os apóstolos pregavam, as pessoas precisavam saber que era verdadeiramente a mensagem de Deus. Por isso foi-lhes dada a capacidade de operar tais milagres.

As pessoas que ouviam o evangelho pregado inicialmente pelos apóstolos não tinham como comparar o que ouviam com o Novo Testamento, uma vez que o Novo Testamento ainda não tinha sido escrito. Assim, foi dada aos apóstolos a capacidade de fazer sinais, prodígios e atos poderosos para evidenciar que Deus estava trabalhando através deles e estava falando através deles.

Como eu disse, este é o mais alto chamado feito a que qualquer ser humano. Eles receberam a honra de serem os oficiais pregadores do evangelho, fundadores da igreja. Também foram honrados com a responsabilidade de escrever a maior parte do Novo Testamento. Mais tarde, Paulo foi adicionado ao grupo dos apóstolos, o qual foi particularmente usado por Deus para escrever pelo menos treze livros do Novo Testamento.

Eles serão ainda mais honrados quando estiverem governando as doze tribos de Israel no Reino Milenar. E, além disso, terão seus nomes esculpidos em bases de pedras sob cada um dos doze portões da Nova Jerusalém (Ap. 21:14), a capital eterna do céu. Ninguém na história da humanidade já teve maior honra do que essa.

E o que é notável sobre isso é que eles eram pessoas comuns. Sabemos que, para o desempenho de papéis importantes como os confiados a estes homens, haveria a necessidade de algum nível da educação, de erudição, de realização de feitos notáveis, de demonstração de liderança, habilidade em termos de oratória, o que nos faz pensar que certamente eles teriam de ser sacerdotes, rabinos, fariseus, ou saduceus, alguém importante na religião do judaísmo. Mas, nenhum deles era nada disso.

Eles não eram teólogos. Eles não foram líderes religiosos. Eles não eram famosos. Eles não eram poderosos, notáveis ou nobres. Eram apenas homens comuns. Nenhum deles tinha uma profissão especial. Eles eram de profissão muito comum. E isso nos faz lembrar os tipos de pessoas que o Senhor usa, conforme dito em 1 Coríntios 1: 29, “para que nenhuma carne se glorie perante ele.” E, assim, como 1 Coríntios 2: 5 diz: “Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.”

A fim de que o poder de Deus fique claro, de que a sabedoria de Deus fique evidente, a fim de que Deus receba toda a glória, Ele escolhe usar o mais comum do comum para fins incomuns e sobrenaturais.

Agora, quero que você veja novamente o versículo 13, em que Jesus faz o chamado dos doze “apóstolos”. Essa é uma palavra familiar para qualquer estudante do Novo Testamento. Apóstolo significa um mensageiro, um mandatário, um enviado. No grego, deriva do verbo “apostell”, que quer dizer “enviar”. Mas, deixe-me enriquecer esse conceito um pouco mais para você.

À medida que passamos por estes doze nomes, gostaria de dar uma nota introdutória de modo que você entenda algo sobre o caráter de ser um apóstolo, algo sobre a natureza do apostolado. Estudos recentes de história judaica revelaram que no Judaísmo havia um determinado título dado a um certo conjunto de indivíduos. O título é a palavra “saliac” ou “shaliac”.

Um “shaliac”, no judaísmo, era algo familiar com a sua cultura, algo conhecido por todos. No tempo do Novo Testamento, o “shaliac” é uma parte importante da vida judaica. E o que era um “shaliac”? Em primeiro lugar, o conceito de “shaliac” era jurídico, não religioso. Ser um “shaliac” era ser investido de certo poder legal.

A melhor maneira para descrever um shaliac em nossa terminologia contemporânea, seria dizer que era alguém que tinha instrumento de mandato, uma procuração. Um shaliac era um mandatário, o que isso significa é que ele estaria agindo em nome de alguém, com plena autoridade e máximos poderes. Um mandatário age como se fosse o mandante. Isso era a shaliac, a partir do verbo shalach, ou seja, enviar.

O shaliac era um enviado, um mandatário, um mensageiro que recebia a autorização para agir em nome da pessoa que o enviou. Ele poderia executar qualquer tarefa ou assinar qualquer documento. Ele poderia celebrar qualquer contrato em nome da pessoa que o enviou. Um Shaliac era um representante, totalmente identificado com aquele que ele representava e investido de autoridade delegada por este.

Estudiosos acreditam que o conceito de shaliac está inserido na palavra “apóstolo”, por que o termo grego “apóstolo” tem conexões com o termo hebraico shalach. Os apóstolos, então, eram homens a quem foram dadas ‘procurações’ para agirem em nome de Cristo, para falarem por Cristo, para curarem em Seu nome, para ressuscitar os mortos em Seu nome e para expulsar demônios em Seu nome.
Os doze, assim, foram os shaliac do Messias. Para ilustrar ainda mais essa ideia, vamos ver o capítulo 13 de João por um momento. Há um par de versos que eu penso que dão sentido a isso. O capítulo 13 é um momento crítico entre Jesus e Seu apóstolos. Eles estão no local onde foi celebrada a ceia. Jesus está lhes dando instruções finais. Essa foi a noite da Páscoa, a noite de Sua traição, anterior à Sua morte. Ele reúne os discípulos, e este é um tempo para esclarecer alguns assuntos para os doze, que eram tanto discípulos, como apóstolos.

Jesus diz, então, no final do verso 16: “Não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.” Essa é uma linguagem judicial. Isto é Jesus dizendo: ‘vocês irão me representar, mas vocês não são maiores que Eu, mas apenas Me representam.’ Em certo sentido, Ele está dizendo: ‘esperem ser tratados da forma como Eu fui tratado’.

E, então, no versículo 20, Ele acrescenta no final do verso: “Aquele que me recebe, recebe Aquele que me enviou.” Em outras palavras: “Quando vocês me receberam, vocês estavam recebendo o Pai que me enviou. Em certo sentido, Eu vim como o oficial autorizado shaliac de Deus e quando vocês me receberam, vocês receberam o Pai”.

Reiterando no versículo 20: “Se alguém receber o que eu enviar, me recebe a mim”. Aqui está o mesmo conceito, aquele sentido oficial de alguém autorizado. ‘Eu represento o Pai, falo pelo Pai, eu atuo pelo Pai’. Na verdade, Jesus disse: ‘Eu só falo o que o Pai me diz para falar, e eu só faço o que o Pai me mostra para fazer’. Claramente Ele indicou isso. E Jesus diz: ‘Quando vocês Me receberam, receberam quem Me enviou e quem receber vocês, recebe a Mim, porque vocês trazem as Minhas palavras e fazem as Minhas obras’.

Jesus parece estar definindo o apostolado em termos que eram familiares para os judeus, sob o conceito de um shaliac. Eu penso que o apóstolo Paulo muito provavelmente entendeu isso também, porque em Gálatas, capítulo 4, embora ele tenha sido adicionado mais tarde como um apóstolo, ainda assim tendo todos os direitos de um apóstolo, tendo visto o Cristo ressuscitado, no no versículo 14 de Gálatas 4, no final do versículo, ele diz: “…antes me recebestes como um anjo de Deus, como Jesus Cristo mesmo.” A palavra traduzida como anjo aí é “aggelos”, que significa “mensageiro”. Ele está dizendo: ‘vocês me receberam como um mensageiro de Deus, como o próprio Cristo Jesus.’

Então, Paulo entendeu essa idéia de representação oficial. ‘Você me recebeu como um mensageiro de Deus, isto é, como se fosse o próprio Cristo.’ Esta é uma maneira maravilhosa de entender o apostolado. Eles, literalmente, tinham poder pleno para falar por Cristo, agir por Cristo, trazer a mensagem de Cristo e fazer os poderosos milagres e os atos que eram os milagres e feitos de Cristo.

Eles não agiam em seu próprio poder. Eles não trouxeram sua própria mensagem. Eles não eram independentes, mas funcionavam sob o comando de Cristo, como representantes autorizados, não individualmente, mas como um grupo, para cumprir os propósitos de Cristo. Judas mais tarde foi substituído porque, obviamente, ele era um traidor, um desertor, um demônio desde o início. Foi substituído no primeiro capítulo de Atos por um homem chamado Matias.

Estes homens foram os alicerces da igreja à medida que espalharam o evangelho e estabeleceram a igreja pregando e operando sinais e maravilhas. Eles vieram com todo o poder e mensagem de Cristo. A função mais importante de um apóstolo foi testemunhar. Mencionamos essa palavra na semana passada em conexão com João.

É a palavra “marturia”, da qual temos “mártir”. Porque muitas dessas testemunhas foram mortas, a palavra “marturí”, ou “mártir”, tornou-se associada à morte. Mas o significado original da palavra é testemunho. E a principal responsabilidade dos apóstolos seria testemunhar o evangelho, pregar o evangelho e escrever o evangelho para estabelecer a igreja.

É por isso que João declara no início da 1 carta: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida.” O que vimos, o que ouvimos, o que tocamos a respeito da Palavra de vida, o Cristo vivo, é isso que nós lhes anunciamos. Eles eram os shaliac oficiais do Messias.

O testemunho do shaliac, por sinal, era vinculativo. Ele tinha plena autoridade do Messias e de Deus, porque falava com o poder de Cristo e o poder de Deus. Veja 1 Tessalonicenses 2:13. Novamente você verá que Paulo compreendeu isso, bem como os tessalonicenses que o ouviram.

Ele diz no versículo 13 de 1 Tessalonicenses 2: “Por isso também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes.”

Paulo diz: ‘eu sou grato que vocês entenderam que eu era um shaliac, que eu era um representante oficial autorizado de Deus, que falei a Palavra de Deus com pleno poder’. E mesmo em 1 Coríntios 11, versículo 23, Paulo diz: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei…”.

Então, estamos olhando para a vida dos apóstolos e estamos lidando com homens únicos, com o chamado mais elevado que já foi dado a qualquer um na história do mundo. E o que é tão deslumbrante sobre isso é que eles eram tão comuns. E esta é a notável e maravilhosa verdade que dá esperança a todos nós, não é mesmo?

Deus usa as pessoas simples, muito comuns. Na verdade, eu suponho que eles diriam que suas personalidades eram, em certo grau, falhas. Mas, então, é claro, a única explicação para o que eles fizeram não está neles, mas no poder de Deus através deles. E Deus recebe toda a glória.

Já conhecemos Pedro, André, Tiago e João. Personagens fascinantes eles foram. Dois conjuntos de irmãos: Pedro e André eram irmãos, Tiago e João eram irmãos. Eles vieram do mesmo lugar, da pequena cidade de Betsaida e acabaram em Cafarnaum, sendo parceiros em um negócio de pesca, todos os quatro. Desejavam a vinda do Messias.

Eram verdadeiros judeus, creram no Deus verdadeiro, à procura do Messias. Eles tinham isso em comum. Eles se conheciam não só de seus negócios de pesca, mas se conheciam provavelmente pelo comparecimento à sinagoga.

Eles se conheciam porque seus corações estavam voltados para o Messias. Ficaram emocionados quando João Batista apareceu e anunciou a chegada do Messias, apontou para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Eles tinham se unido a Jesus e estavam entre Seus discípulos.

Nós já aprendemos sobre a forma de como esses homens eram diferentes. Pedro era aquele sujeito dinâmico, audaz, ansioso, que assumia o controle, iniciando, confrontando. Teve que se desfazer da autoconfiança. Ele agiu com muita pressa, falou demais, falhou miseravelmente, foi impulsivo. Ele sempre foi o líder, sempre o responsável, sempre o primeiro, sempre o representante do grupo.

Mas, o Senhor o transformou em um poderoso, perdoado, restaurado pregador que, literalmente, preencheu os primeiros doze capítulos de Atos no estabelecimento da igreja entre os judeus e até mesmo entre os primeiros gentios convertidos.

E, então, vem André, que viveu toda a sua vida à sombra de seu irmão, Pedro. André, não era turbulento como Pedro. Tão diferente… Era humilde, quieto, gentil, discreto, nunca buscando proeminência, um homem que via não as multidões, mas os indivíduos nas multidões. E toda vez que o vemos, ele está trazendo alguém para Jesus.

Aí vimos Tiago: apaixonado, zeloso, ambicioso, crítico, estreito, sectário, explosivo, competitivo, cuja ambição teve que ser redirecionada para a glória de Cristo e cuja paixão teve que ser reencaminhada para a construção da igreja e não para fulminar as pessoas com fogo do céu. E Tiago acabou se tornando tão firme que quando Herodes queria parar o crescimento da igreja, ele matou Tiago.

E, então, havia o irmão de Tiago, João, também um ‘filho de trovão’, barulhento, explosivo, estreito, sectário, mas que se tornou conhecido como o apóstolo do amor, porque Jesus assumiu o projeto de ensinar a João a amar, amando João, de modo que João se referia sempre a si mesmo como “o apóstolo a quem Jesus amava”. E João é o grande exemplo no Novo Testamento do equilíbrio entre a verdade e o amor.

Bem, esses são os primeiros quatro vasos de barro. Agora, chegamos ao grupo dois. Há três grupos, lembre-se, de quatro apóstolos. Há também quatro listas. Mateus, Marcos, Lucas e Atos trazem listas dos apóstolos. Eles são citados sempre nos mesmos grupos de quatro. Embora os nomes se misturem no grupo, o primeiro nome é sempre Pedro.

Então, quando chegamos ao primeiro nome do grupo dois, este pequeno grupo tinha Filipe como seu líder. Os nomes não mudam, os outros nomes. Então, conhecemos Filipe. Ele é uma pessoa fascinante. Gostaria de saber mais sobre ele do que nós sabemos. Nós não sabemos muito, mas a palavra Filipe é grega, é um nome grego, que significa “amante dos cavalos”.

Não sei por que ele tem esse nome, de onde veio, mas é isso que significa. Ele deve ter tido também um nome judaico, porque todos os doze apóstolos eram judeus. Nós não sabemos que nome judeu seus pais judeus lhe deram. Eles não o teriam nomeado com um nome grego, mas talvez o equivalente em hebraico. Só o conhecemos, no entanto, como Filipe. Ele morava em Betsaida. Cresceu na mesma cidade com Pedro e André e deve ter sido familiarizado com Tiago e João.

É incrível ver como Jesus escolheu Seus apóstolos, Seus representantes oficiais. Você poderia pensar que se Ele iria escolher doze apóstolos para esta tarefa formidável, Ele vasculharia a Terra para encontrar os melhores sujeitos. Mas, ele chamou um pequeno grupo de pescadores, que eram apenas alguns amigos que se conheciam. Alguém disse: “Tudo o que Ele realmente precisa é de gente disponível; isso é suficiente”.

Então, Jesus se voltou para a mesma pequena aldeia, o mesmo pequeno lugar chamado Betsaida, na extremidade norte da Galileia. Lá estava Filipe. Ele provavelmente era amigo íntimo de Pedro e André, porque naquele pequeno lugar eles iam à mesma sinagoga. Pelo fato de serem judeus tementes a Deus e de estarem à procura do Messias, eles provavelmente tinham muito em comum.

Talvez Filipe fosse um pescador, porque no capítulo 21 de João, segundo e terceiro versos, quando Pedro leva os discípulos de volta à empresa pesqueira depois da ressurreição, pois estava um pouco desanimado, ele não cria que poderia fazer o que Deus queria que ele fizesse, então ele vai pescar. E Filipe e André vão junto. Assim, talvez, ele também fosse um pescador, como os outros.

O que sabemos sobre ele? Mateus não diz nada. Marcos também não. Nem Lucas. Mas, João nos ajuda. Vamos voltar para João 1. Vamos ao menos saber o que podemos saber sobre Filipe. Ele é uma ilustração de um tipo completamente diferente de pessoa. Ele não é como Pedro, nem como André, Tiago ou João. Ele não é como seu amigo, Natanael, também chamado de Bartolomeu.

Ele sempre está retratado no Novo Testamento, sempre listado ao lado de Natanael (Bartolomeu). Os dois sempre estão juntos. Mas, ele realmente não é como qualquer um dos outros cinco, ele é único. Vamos ver como o encontramos pela primeira vez, em João capítulo 1. O verso 43 diz: “No dia seguinte …” Pare por um momento. No dia seguinte, depois de quê? Bem, no dia seguinte, depois que Jesus chamou Pedro e André.

Voltem ao versículo 40. Eles ouviram João Batista pregar. Eles seguiram João Batista. João Batista os aponta para o Messias. Eles encontram o Messias, eles seguem o Messias. Jesus muda o nome de Simão para Pedro e aqui estão eles. Eles estão no grupo de discípulos, um grande grupo de seguidores de Jesus. “No dia seguinte propôs-se ir à Galileia…”, isto é, Jesus “…e encontrou Filipe.” Ora, Pedro e André encontraram Jesus e até mesmo Tiago e João O acharam. Mas, esta é a primeira vez que realmente lemos que o Senhor “encontrou” alguém.

Ele foi atrás de Filipe. Isso não quer dizer que Ele soberanamente, antes da fundação do mundo, não predeterminou todos os outros, mas essa é uma linguagem única usada em relação a Filipe. Ele é o primeiro a quem Jesus realmente disse “siga-me”. Ele disse isso a Pedro, mas isso foi no final de Seu ministério, no final do Evangelho de João, pois Pedro ainda estava sendo um pouco recalcitrante em seu chamado.

Mas, desde o início, Jesus encontrou Filipe e lhe disse ‘siga- me! Eu quero você em meu grupo de seguidores.’ Note que o verso 44 nos diz que Filipe veio de Betsaida, a pequena cidade onde André e Pedro viviam. Em seguida, Filipe encontra Natanael, também chamado Bartolomeu, com quem, como eu disse, ele está sempre conectado nas narrativas. E ele lhe disse: ‘nós encontramos o Messias!’

Isso não é interessante? As pessoas sempre questionam sobre como conciliar a eleição soberana de Deus e a escolha humana. Como podemos resolver essas coisas? Bem, aqui está uma ilustração perfeita de que ambas existem. O Senhor encontrou Filipe, mas Filipe crê que foi ele quem encontrou o Senhor. De fato, foi o Senhor que o encontrou. Mas, do ponto de vista de uma perspectiva humana, este foi o fim da busca de Filipe pelo Messias.

Ele era um verdadeiro judeu. Ele era um verdadeiro buscador. Ele estava comprometido com o Antigo Testamento. Olhe para versículo 45: “Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.” Filipe era um estudante do Antigo Testamento. A lei e os profetas é a abreviação para Antigo Testamento. ‘Temos estudado o Antigo Testamento. Sabemos quem estamos procurando. Estamos à procura do Messias. E O encontramos. Você não vai acreditar, é Jesus de Nazaré, filho de José!’

Agora, Betsaida ficava ao norte de Nazaré, na Galileia, não muito longe. Natanael, acreditem, responde a Filipe: “Pode qualquer coisa boa sair de Nazaré?”. É ridículo para Natanael dizer isso, já que ele veio de Caná. E Caná era muito pior do que Nazaré. Isso cheira a um pouco de rivalidade local.

Mas, Filipe tinha estudado o Antigo Testamento. Estudou Moisés, a lei, os profetas. Ele estava esperando pelo Messias e chegou ao fim de sua busca. Ninguém trouxe Filipe a Jesus. Ele era como Simeão. Estava esperando pelo consolo de Israel. Ele estava esperando o Messias. Ninguém teve que trazê-lo a Jesus. Jesus o encontrou. E, é claro, na verdade Ele encontra todo mundo que vem a Ele, certo? “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer…” (João 6:44). O Antigo Testamento tinha preparado o coração de Filipe.

Ele era um estudante do Antigo Testamento, a lei e os profetas, à procura do Messias. E quando chegou o tempo no propósito soberano de Deus, Jesus, planejando ir para a Galileia, colocou Seu dedo em Filipe e disse: “Siga-me!”. E Felipe, tão animado, encontrou seu companheiro, Natanael, e disse: “Nós O encontramos!”. Que grande começo, hein? Sem relutância. Sem descrença. Ele estava tão exultante, tão emocionado que ele, simplesmente, O seguiu.

Filipe ficou impressionado, eu penso, com o cumprimento emocional do momento. Eu creio que sua fé era real, mas muito fraca, como dizem as passagens posteriores sobre ele. Porém, foi um bom começo. Ele não fez nenhum esforço para encontrar mais informações, para verificar as coisas. Ele apenas abraçou o fato de que o Messias era Jesus de Nazaré, o filho de José. Este foi o fim de sua busca. Este é Filipe.

Por favor, não o confunda com outro Filipe, o diácono mencionado em Atos 6 e 8, que mais tarde tornou-se um evangelista. São dois Filipes diferentes. Volte a João 6. Vamos olhar um pouco mais para Filipe. Sabemos que ele era um estudante do Velho Testamento. Sabemos que ele amava o Antigo Testamento. Sabemos que ele interpretou isso literalmente, creu que haveria de vir um Messias. E, quando o Messias veio e disse “Siga-me!”, ele abraçou alegremente Jesus como seu Messias e O seguiu.

Então, seu coração estava certo, ele tinha um coração que buscava e o Senhor nunca pode chamar para segui-Lo aquele cujo coração não está aberto. Mas, aqui está sua personalidade começando a ser revelada. Jesus, versículo 5, “ergue os olhos e vê uma grande multidão”, João 6: 5, grande multidão. Bem, nós sabemos quão grande era a multidão, havia cinco mil homens, o que significa pelo menos cinco mil mulheres e quinze mil crianças, quem sabe? Enorme multidão.

Ele ergue os olhos, vê esta grande multidão vindo a Ele. E disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que estes comam?” Por que Ele pergunta a Filipe? Bem, você sabe, talvez Filipe fosse o administrador. Talvez. E isso é especulação. Mas Filipe era o sujeito que, oficialmente ou não, sempre se preocupava com a possibilidade de tudo. Ele era daquele tipo que em cada reunião dizia: “acho que não podemos fazer isso.” Ele era o mestre do impossível e, para ele, quase tudo se encaixava nessa categoria, talvez.

No versículo 6, “Jesus disse isto, testando-o”. Jesus não estava testando Filipe para que Ele mesmo pudesse descobrir como ele era, mas Ele o estava testando para que Filipe revelasse para si mesmo como era. Jesus sabia bem o que tinha em mente. De repente, Ele vê essa multidão maciça e diz: ‘Filipe, você normalmente é responsável pelos arranjos, encarregado de administrar as coisas, você poderia nos dizer onde vamos conseguir pão para alimentar essa multidão?’

Jesus sabia exatamente o que Filipe estava pensando. Filipe já tinha começado a contar cabeças. A multidão começou a se formar e, no final do dia, era uma multidão enorme. Eles iriam ficar com fome, você sabe. E comer naqueles dias não era uma coisa fácil. Não havia lanchonetes e restaurantes tipo “fast-food”. E Jesus diz isso de forma direta a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que estes comam?” Filipe respondeu, no verso 7: “Duzentos denários de pão não são suficiente para eles, para que todos possam receber um pouco.”

Você sabe, Jesus sabia que Filipe já tinha calculado isso. Ele estava pensando isso o tempo todo. Aqui está, Filipe, ali de pé, assistindo a esta enorme multidão. Em vez de pensar: ‘oh, que ocasião gloriosa, Jesus vai ensinar à multidão, que tremenda oportunidade para o Senhor!’ Devemos lembrar que Filipe estava lá quando o Senhor criou vinho a partir da água. Ele tinha visto outros milagres e sinais.

E ele vê essa grande multidão e ele já está começando a pensar que era impossível alimentá-la. Ele fala, em outras palavras: ‘é hora do jantar e se pudéssemos recolher 200 denários, não poderíamos alimentar esta multidão nem com um lanche. Estamos em apuros!’ O sobrenatural passa longe desse tipo de pessoas. Eles são apenas materiais em seu pensamento.

Então, Jesus quer dar a Filipe um teste para que ele veja como ele realmente é. E ele respondeu com descrença aberta: ‘não pode ser feito!’ Um denário corresponde a um dia de salário, logo seriam 200 dias de salários, oito meses de trabalho. Isso é muito dinheiro para este grupo de apóstolos essencialmente escassos em termos de dinheiro. E Filipe estava pensando: “se pudéssemos de alguma forma coletar, você sabe, oito meses de salário, não poderíamos alimentar esta multidão nem com um lanche…”. Não pode ser feito.

Esse era Filipe: pessimista, analítico, pragmático. Triste, não é? Quem quer viver assim? Um dos fundamentos essenciais da liderança é ter um senso do possível, principalmente se você estiver vivendo em torno de Cristo. Filipe tinha uma grande sensação pelo impossível. Ele sabia aritmética demais para ser aventureiro. Ele deveria ter dito: ‘Senhor, Tu queres alimentá-los? Eu só vou ficar aqui atrás e ver como o Senhor faz isso. O Senhor pode fazê-lo, Senhor. Faça. Nós vamos dizer a todos para sentar e o Senhor cria a comida.’ Isso teria sido ótimo, não seria?

Por outro lado, você tem André, verso 8, e cada vez que o vemos, o que ele está fazendo? Ele está trazendo alguém para Jesus. Ele era sempre reconhecido como “o irmão de Simão Pedro”. Ele viveu naquela sombra por toda a sua vida. André disse a Jesus, verso 9: “Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos?” Agora André tinha um vislumbre do possível: ‘eu não consegui muito, mas eu encontrei um certo rapaz…’ .E ele já tinha visto Jesus transformar água em vinho, quem sabe o que Ele poderia fazer com dois pequenos peixinhos?

Bem, essencialmente, o que ele tem aqui são dois peixes em conserva (salgados) e cinco biscoitos (pães sem fermento). A pequena fé de André foi honrada. Filipe perdeu a oportunidade e um garotinho trazido por André a agarrou. Você vê, Filipe era um materialista. Ele era o homem das coisas práticas. Ele era o sujeito de bom senso. Ele era o cara das medidas. Ele era o cara dos métodos. Ele era o mecânico com pouca compreensão do sobrenatural e ele estava mais interessado em fatos e números do que na fé.

Volte para João 12, onde isso é confirmado para nós novamente. Agora vou lhes dar um pouco de fundo. Vá para o versículo 20: “Ora, havia alguns gregos, gentios, entre os que iam adorar na festa.” Havia alguns gentios que vinham adorar a Deus na Páscoa. Esta foi a Páscoa final na vida de Jesus. E aqui estavam alguns gentios, havia muitos gentios, vocês sabem, que eram prosélitos do judaísmo e que adoravam o verdadeiro Deus, os gentios tementes a Deus. E eles vieram adorar na festa.

Bem, se eles eram convertidos ao judaísmo, deveriam estar muito interessados em Jesus. Assim, no versículo 21: “Estes vieram, pois, a Filipe“. Agora, eu não sei por que eles vieram até Filipe, exceto porque talvez ele fosse uma espécie de administrador, um tipo de arranjador, certo? E assim, se você quisesse chegar a Jesus, você iria por meio dele.

“Chegaram a Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e começaram a perguntar-lhe, dizendo: ‘Senhor, desejamos ver Jesus.'” Não é uma pergunta difícil, certo? ‘Nós queremos ver Jesus, ouvimos falar do Messias, viemos para a Páscoa aqui em Jerusalém. Nós gostaríamos de encontrar Jesus.’ Bem, Filipe não estava realmente certo sobre isso e teria que verificar o ‘manual sobre gentios querendo ver Jesus’.

Agora, lembrem que Jesus disse na ocasião quando Ele enviou os discípulos: ‘Não vão aos gentios e nem aos samaritanos’, certo? Mateus 10: 5 e 6: “Vão somente às ovelhas perdidas da casa de Israel.” Isso era uma proibição fixa de nunca introduzir um gentio a Jesus? Não. Ele simplesmente identifica a prioridade do judeu primeiro e também o grego. O próprio Jesus foi quem primeiro revelou que Ele era o Messias, para uma mulher samaritana. Mas, o padrão geral será evangelizar os judeus.

Porém, os padrões gerais não funcionam muito bem para esses tipos de pessoas, como Filipe. Eles apenas seguem as regras. Mas, ele tem um bom coração. Então ele vai para André. Por quê? Porque André leva todos a Jesus. É o que ele faz. E há algo no coração de Filipe que sabe que está certo. Mas ele não é decisivo. Ele tem o que chamamos de características passivas agressivas. Ele só fica agressivo para parar algo. Ele nunca vai liderar o desfile. Ele não é esse tipo de líder. Ele vai apenas tentar pará-lo. Ele só fica agressivo para evitar, porque ele teme que não possa ser feito.

Mas, há algo em seu coração que diz que eles devem encontrar Jesus. Ele é incrível. Então, André e Filipe vieram e contaram a Jesus. Ele disse: “Quem quer que venha a Mim, de modo nenhum o lançarei fora”. Mas, veja, Filipe, eu deveria dizer, era analítico, cético, preso aos manuais e se ele estava trazendo alguém para Jesus que não parecia estar de acordo com as regras, ele tinha que envolver outra pessoa. Ele não conseguiu encontrar nenhum precedente oficial para deixar os gentios verem Jesus, não conseguiu ultrapassar as regras.

Bem, finalmente, o vemos no capítulo 14 de João. Isso é meio triste, honestamente. É triste. Esperávamos mais dele no momento em que chegasse a este ponto da caminhada, isto é, dois anos depois que ele foi escolhido, dois anos depois de estar em profundo treinamento, dois anos de ensinamento de Jesus, dois anos de milagres de Jesus, dois anos de cura, dois anos de expulsão de demônios, dois anos de intimidade dia a dia, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana.

Nessa ocasião, Jesus diz, no versículo 6 de João 14, isto é, na abertura do discurso da sala da Santa Ceia, a noite de Sua traição: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim”. ‘Você não pode vir a Deus senão através de Mim’, Ele diz aos doze que estão com Ele. Na verdade, Judas ainda está lá, porém ele sai mais tarde naquela noite. “Se me conhecêsseis, também conheceríeis a meu Pai; de agora em diante, vós o conheceis e o vistes”.

Em seguida, Filipe diz: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso é o suficiente para nós.” O que quer dizer, mostra-nos o Pai? Onde você esteve, Filipe!? Jesus responde: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (v. 9). Isto é muito desanimador.

O versículo 10, diz: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.” Em outras palavras: ‘Eu sou o shaliac do Pai, eu ajo com plenos poderes de representação. Mais do que isso, Eu sou o Pai em essencial. O Pai está em Mim. Nós compartilhamos a mesma natureza divina.’ Ele diz no versículo 10: “não crês tu?” e no versículo 11: “crede”.

‘Eu posso dizer que você não crê. Creia. Eu sou o Messias. Bem, você crê que Eu seja um operador de milagres e, de alguma forma, você tem uma tendência ao ceticismo e isso permitiu que você não alcançasse a máxima conclusão de que você está na presença do Deus Vivo e Eterno. Sim, Ele mesmo.’

Então, Jesus vai do ‘Você não crê’, no versículo 10, para ‘creia!’, no verso 11. ‘Creia que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. E, por favor, creia por conta das obras. Não há outra explicação. Você não precisa ver ainda mais milagres. Mostra-nos o Pai? O que você está dizendo? O que você acha que Eu tenho feito?’

Por três anos este homem, Filipe, tinha olhado para a única face de Deus que ele iria ver, e isso não estava claro para ele. Seu materialismo, o seu ceticismo, sua mente pequena o impediam de ter uma completa compreensão de que a presença que ele desfrutou durante aqueles anos era a presença de Deus. Filipe era um homem de capacidade limitada. Ele era um homem de fé limitada. Ele foi um homem de compreensão imperfeita. Ele estava cético, analítico, pessimista, relutante, não tinha certeza, e portanto, ainda não tinha obtido o quadro geral do poder divino, da pessoa e graça de Jesus.

Lento para entender, para mostrar confiança. Parecia que sua vida era limitada por circunstâncias, dinheiro, regras, provas. Se você estivesse analisando Filipe e soubesse de tudo isso, você diria que ele está fora, não dá para transformar um homem assim em uma das doze pessoas mais importantes da história do mundo.

Bem, ele era exatamente o que Jesus estava procurando. E Ele o transformou em um pregador, em um fundador da igreja e em um governante no reino. Além disso, deu a Filipe uma eterna recompensa no céu pela obra que ele realizou. O Senhor usa pessoas como Filipe. Muitas delas. E, a propósito, a tradição nos diz que Filipe foi tão fiel a Cristo, tão devoto, tão leal, que não se apartou de Cristo sob a perseguição romana.

E porque ele foi fiel a Jesus, os romanos lhe despojaram de suas roupas, colocaram varas de aço através de seus tornozelos e através de suas coxas e eles o penduraram de cabeça para baixo. Filipe disse, segundo a tradição, que quando ele estivesse morto, ele não queria que seu corpo fosse envolto em uma roupa de linho, porque ele não era digno de ser tratado da maneira que seu Senhor foi em sua morte.


Esta é uma série de 12 sermões sobre o chamado dos apóstolos

01. O chamado dos doze apóstolos
02. O chamado de Pedro (Parte 1)
03. O chamado de Pedro (Parte 2)
04. O chamado de Pedro (Parte 3)
05. O chamado de André e Tiago (irmão de João)
06. O chamado de João
07. O chamado de Filipe
08. O chamado de Natanael (Bartolomeu)
09. O chamado de Mateus e Tomé 
10. O Chamado de Tiago (filho de Alfeu), Simão (o zelote) e Judas Tadeu 
11. O chamado de Judas Iscariotes – Parte 1
12. O chamado de Judas Iscariotes – Parte 2


Este texto é uma síntese do sermão “Common Men, Uncommon Calling: Phillip”, de John MacArthur, em 24/06/2001.

Você poderá ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:

http://www.gty.org/resources/sermons/42-77/common-men-uncommon-calling-phillip

Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno


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