O cristão e a proposta do mundo

Satanás, de forma obstinada, sempre trabalha para impedir o testemunho do povo de Deus.
Transformou-os em escravos de Faraó no Egito, que tipifica a opressão do mundo e de seu príncipe.
Deu-lhes muitas ocupações para que não tivessem tempo para comunhão com Deus.
Rugiu ferozmente quando Moisés anunciou o resgate que Deus operaria… e aumentou a opressão.
Sabendo que não podia lutar contra Deus, usou Janes e Jambres para imitarem os sinais divinos.
Para que, através da confusão, pudesse impedir o avanço da obra do Senhor.
Imitou por algumas vezes, mas falhou quando a essência da autoridade divina era exigida.
E seus servos exclamaram: “Isto é o dedo de Deus” (Ex. 8: 16-19).

Obstinado, passou a permitir que o povo adorasse a Deus, desde que este ficasse no Egito (Ex: 8:25).
Opondo-se a uma separação entre o povo de Deus e o mundo. Uma tática eficaz para seus projetos.
Depois tentou conciliar, permitindo que o povo saísse, desde que não fosse longe (Ex. 8:28).
Ao ver-se acuado, passou a exigir que os filhos ficassem no Egito (Ex. 10: 8-9).
E ainda que o povo fosse, mas que seus bens ficassem no Egito, a serviço de Faraó (Ex. 10:24).
Mas o chamado de Deus foi claro: Um caminho de três dias para longe do Egito (Ex. 3:18).
A travessia do Mar Vermelho, num claro rompimento com tudo que pertencesse ao Egito.
O caminho pelo deserto, onde Deus seria tudo em todos. E o destino? Além do Jordão… Canaã.

Três mil anos se passaram, mas Satanás usa as mesmas armas… agora contra o Corpo de Cristo na terra.
Mas o propósito de Deus é o mesmo: Um povo seu… separado… santo…(I Pe 2: 9; II Cor 6:17)
Satanás usa o mundo para sufocar o tempo e os valores de quem professa seguir a Cristo.
Fazendo com que muitos sejam cristãos de mente e pagãos de comportamento.
Aquele que segue a Cristo está morto para o mundo e o mundo morto para ele (Gal. 6:14).
O mundo escolheu a Barrabás e mandou Jesus à Cruz…e oferece o mesmo a quem, de fato, segue a Cristo.
O cristão mostra-se infiel a Cristo na mesma proporção que tem comunhão com o mundo.
A sensibilidade viva da natureza divina, presente em seus servos, recua perante a manifestação das trevas.
O mundo é tudo aquilo que não é do Pai (I João 2: 15-17).

O recurso usado pelos magos do Egito, a imitação, é, ainda hoje, uma das armas mais eficazes de Satanás.
Formando um batalhão de pessoas professando fé, mas com práticas traidoras ao Evangelho.
Cheios de doutrinas, “tendo aparência de piedade, mas negando sua eficácia” (II Tim 3:5).
“Que aprendem sempre, mas nunca chegam ao conhecimento da verdade.” (II Tim 3:7).
“E como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade…
sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé” (II Tim 3:8).
Transitando no meio da igreja, convencem a muitos que não é necessário ir muito longe do mundo…
Tentando servir a dois reinos, são mestres que encontram muitos para lhes dar ouvidos (II Tim 4:3)…
Normalmente seus filhos não escapam das garras do inferno e seus bens servem para nutrir o reino inimigo.

Se não estamos dispostos a ir longe, é melhor não partirmos. A saudade do Egito virá (Num. 11: 4-5).
E o maná do céu (Jesus) nunca nos satisfará plenamente (Num. 11: 6).
Satanás obteve forte êxito em aliciar as multidões professas.
O cristianismo atual reflete a realidade do sentido da palavra Laodicéia, que é “a opinião da maioria”…
Ou a de Pérgamo, que é “casamento com o mundo”.
Mas o Senhor tem reservado um povo assentado nas regiões celestiais em Cristo (Ef. 2:6)…
Que ama e busca as coisas do alto e rejeitam as que são da terra (Col. 3: 1-2)…
Que está com suas lâmpadas acesas aguardando a volta do noivo. Aleluia!

Este texto foi inspirado no livro “Notas sobre o pentateuco, Estudos sobre o livro de Êxodo, C H Mackintosh, Edt. Depósito de Literatura Cristã”.

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