Igreja: Os sistemas internos – 2

 


Este texto é o terceiro de uma série de 8 sermões de John MacArthur a respeito da “Anatomia do Corpo de Cristo (igreja)”, onde ele distingue a cabeça, o esqueleto, os sistemas internos, os músculos e a carne.
No primeiro sermão ele falou sobre cinco verdades inegociáveis que formam o esqueleto da igreja: Uma visão elevada de Deus, a autoridade absoluta das escrituras, a clareza doutrinária, a santidade pessoal e a compreensão da autoridade espiritual.
No segundo sermão ele começou a falar sobre os sistemas internos da igreja, definido como sendo 16 atitudes básicas. Primeiro ele tratou da obediência, humildade, amor e unidade.
Este assunto (atitudes básicas) foi dividido em 4 sermões.Abaixo segue a continuação dos sistemas internos da igreja.


Nesta manhã está no meu coração continuar a partilhar o meu coração com você. Algumas semanas atrás, eu senti a necessidade de apenas falar sobre as verdades que acredito serem importantes para a igreja, inclusive esta que vamos tratar hoje.
E eu confesso a você que isso é algo que o Espírito de Deus tem impressionado em minha mente como uma paixão pelos elementos essenciais que devem estar presentes em uma igreja que glorifica ao Senhor Jesus Cristo.
Deus tem nos abençoado por algumas razões, tanto por Sua soberania como por estarmos focados nos fundamentos bíblicos. Por isto é sempre importante dizer aos mais novos aqui onde está nossa força e bênção.

Vimos que a igreja deve ter um esqueleto. Isso lhe dá forma, uma estrutura em que ela pode repousar.
São os elementos inegociáveis, uma substancial fundação que norteia o mover da igreja. Vimos que esse esqueleto se manifesta em cinco princípios inegociáveis: uma visão elevada de Deus; a autoridade absoluta das Escrituras; a clareza doutrinária; a santidade pessoal; e uma compreensão da autoridade espiritual. Esses são princípios fundamentais.

Temos que continuar a erguer nossos olhos para Deus, para exaltar Seu bendito santo Nome.
Temos que continuar a dar prioridade à Palavra de Deus, seja estudando, pregando e ensinando o Santo Livro.
Também devemos estar comprometidos com a sã doutrina, para que ela seja clara, precisa e aplicável à vida.
Devemos também buscar, com toda a nossa força, no Espírito Santo: santidade, virtude, piedade, justiça e compreender a autoridade espiritual.

Agora, em segundo lugar, e em nossa última mensagem, começamos a falar sobre os sistemas internos do Corpo de Cristo (igreja).
Devem fluir através da igreja certas atitudes espirituais. Um corpo físico tem órgãos e fluidos que circulam através dele, capacitando-o a viver e funcionar.
O corpo não é apenas o esqueleto. Ele dá forma, mas tem que haver uma corrente fluindo através de certas atitudes espirituais. E é isso que eu vejo como ‘os sistemas internos da igreja’. Este fluxo de vida são atitudes biblicamente adequadas.
Não é uma questão de tentar controlar o seu comportamento, mas o desenvolvimento de pensamentos corretos que produzem comportamentos corretos.

Você pode ser forçado a fazer as coisas certas com pensamentos, motivos, razões e atitudes erradas. Isso é apenas hipocrisia.
Temos que cultivar atitudes internas que honram a Deus. Assim, o que flui através do corpo torna-o saudável, produtivo e dinâmico, representando bem sua cabeça, o Senhor Jesus Cristo.

Vimos no últimos domingo as quatro primeiras atitudes: obediência, humildade, amor e unidade.

Você pode vê-las em sua vida? A sua vida é caracterizada pela obediência que gera uma progressiva maturidade? Há uma aplicação da Palavra em sua vida que gera santificação?
Você pode ver o crescimento, de modo que quando você chegar ao final de seus anos terrestres, você terá atingido o auge de sua vida espiritual, em termos de dedicação?
E o que acontece com a humildade? Você abandonou-se si mesmo para o bem dos outros, tendo um amor que procede de um coração humilde?
E você, a qualquer custo e sacrifício, procura manter a unidade do Espírito pelo vínculo da paz? Isto é o que estamos procurando. Esta é a vontade de Deus para nós.

A vontade de servir é a quinta atitude. Ela flui diretamente do que falamos sobre o amor, humildade e assim por diante.
Quando Paulo diz “que os homens nos considerem como ministros de Cristo” (I Coríntios 4:1), a palavra traduzida como “ministros”, no original, é a palavra grega “hyperetes”, que era um título para os escravos remadores nos porões dos navios. Eles faziam os serviços mais baixos.

Ou seja, entre as várias palavras gregas que poderiam referir-se a um servo, Paulo escolhe aquela que está na pior escala do reconhecimento humano.
Paulo estava afastando qualquer proeminência a seu próprio nome. Muitos desejam o reconhecimento por seu serviço, mas Deus quer pessoas que “puxem os remos no porão do navio”.
Nos versos 2 e 3 ele diz que cada um se ache fiel na função de “remador” e que seu serviço não visava receber elogios e reconhecimentos humanos.

No verso 4 ele diz que, mesmo quando considerava que não tinha feito algo errado, ele não se justificava, pois há caminhos que poderiam estar ocultos a seus olhos.
Ele conclui dizendo: “Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor” (v.5).

Então, ele diz para servirmos, aos olhos do mundo, numa posição de humildes “remadores” de terceiro nível, sermos fiéis, não tentarmos construir uma reputação, nem mesmo avaliar a nós mesmos favoravelmente, “puxar o nosso remo” e deixar que o Senhor nos julgue.
É por isso que em Atos 20:19, ele diz: “Servindo ao Senhor com toda a humildade”.

Estamos de volta à humildade. Essas atitudes estão fortemente entrelaçadas. Você não pode ter amor sem humildade ou ter humildade sem amor. Nem pode ter a verdadeira unidade na comunhão sem amor e humildade.
Não pode verdadeiramente servir com um coração de servo, sem amor, e não pode ser um servo com um coração de servo, sem humildade.
Está tudo entrelaçado. É como se o Senhor visse a mesma questão de todos os ângulos diferentes.

Você poderia dizer: “Bem, o que você quer dizer com ‘a vontade de servir’?”. Eu não estou falando sobre ativismo religioso. Estou falando sobre isto:

Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros (Romanos 12:5-10).

Você não precisa de um ativismo religioso. Se você é um verdadeiro crente, você tem uma habilidade dada por Deus para servir, e Ele precisa fazer fluir isto em sua vida.
Um verdadeiro crente é alguém habitado pelo Espírito de Deus para o serviço. Dentro da cada serviço há infinitas maneiras de exercê-lo.
Há muitas formas de dar, de exercer misericórdia, de ensinar, ministrar, e assim por diante.

O Senhor tem misturado essas atitudes, a partir dessas diversas categorias, e feito uma mistura perfeita.
Em I Coríntios 12 vemos outra lista de categorias, o Senhor escolhe uma dimensão e a mistura com outra e outra e outra.
Uma igreja deve ser dotada de ministros, onde cada um ministrará seus dons uns aos outros, em todos os aspectos que o Senhor dota seu povo redimido.
Essa é a maneira que deveria ser a igreja. E a intensidade desses dons deve envolver a todos, de forma que não haja qualquer negligência individual ou coletiva.

Às vezes penso que muitos solteiros vivem como se a única aspiração na vida deles é se casar. Creio que o casamento é vontade de Deus, salvo para aqueles que fizeram um voto de celibato para servir ao Senhor integralmente.
As pessoas solteiras devem fornecer o maior recurso para o ministério espiritual, porque elas não estão sobrecarregadas.
Em 1 Coríntios 7, Paulo diz que as pessoas solteiras cuidam das coisas do Senhor, pois as pessoas casadas precisam cuidar da família.
Há muitas formas pelas quais os solteiros podem servir ao Corpo de Cristo, Deus dotou cada filho seu para isto.

Agora, gostaria de apresentá-los duas pessoas favoritas minhas, mas são um pouco desconhecidas. A primeira é Epafras:

“Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus. Pois eu lhe dou testemunho de que tem grande zelo por vós, e pelos que estão em Laodiceia, e pelos que estão em Hierápolis” (Colossenses 4:12-13).

Quem é Epafras? Alguém com destaque? Não, Paulo diz que é ele é “um dos vossos”. Ele é servo de quem? Jesus Cristo.
Aqui está um homem que carrega em seu coração o fardo do desenvolvimento espiritual de todos. Eu acredito que este é o dom da fé, que está ligado à oração. Ele apenas exercita este dom ao máximo.

O outro é Epafrodito. Um companheiro nas lutas, alguém que pegava a “espada” e lutava junto com Paulo.

Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu irmão e cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado para prover às minhas necessidades. Porquanto tinha muitas saudades de vós todos, e estava muito angustiado de que tivésseis ouvido que ele estivera doente. E de fato esteve doente, e quase à morte; mas Deus se apiedou dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza. Por isso vo-lo enviei mais depressa, para que, vendo-o outra vez, vos regozijeis, e eu tenha menos tristeza. Recebei-o, pois, no Senhor com todo o gozo, e tende-o em honra; porque pela obra de Cristo chegou até bem próximo da morte, não fazendo caso da vida para suprir para comigo a falta do vosso serviço. (Filipenses 2:25-30).

Um homem que esteve à beira da morte, mas sua preocupação foi com a tristeza dos irmãos e do próprio Paulo, que viu a cura dele como uma misericórdia de Deus para consigo mesmo. Uma expressão tremenda de amor.
E ele quase morreu pela obra de Cristo, não fazendo conta de sua própria vida para exercer seu serviço junto ao ministério de Paulo.
O serviço é uma questão de espontaneidade. É uma questão do que está dentro de você. É consequência de uma atitude espiritual essencial.

A sexta atitude é a alegria. A alegria é a resposta do coração, da alma, da mente, do corpo ao relacionamento com Jesus Cristo.
Temos cultivado uma seriedade no trato com o Deus infinitamente santo e sábio, enfrentamos as lutas em diversos níveis, mas, ao mesmo tempo, estamos cheios de alegria, um reflexo de almas que estão bem no Senhor.
Eu creio que a alegria vem da Palavra de Deus. Eu creio que quando estudamos a Palavra de Deus e a obedecemos, desfrutamos da alegria.

Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra (I João 1:4).

Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Romanos 14:17).

Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos (Filipenses 4:4).

Estou convencido de que a alegria está ligada à disposição de servir. Eu vejo as pessoas se envolverem nas coisas do Senhor, usando seus dons, e há alegria.
Por que? Porque a alegria vem de dar-se a si mesmo. O contrário disso, pessoas que vivem para buscar seus interesses e satisfazer suas necessidades, tornam-se seres humanos miseráveis.
São as pessoas que resolveram perder suas vidas (Mateus 16:25) que estão cheias de alegria.

Eu não deixo que as circunstâncias ou pessoas roubem minha alegria. Eu luto para manter minha alegria. Algumas pessoas tentam levar a minha alegria, dizendo: “John, nós temos um problema real aqui, muito sério, muito sério”.
Eu digo: “Bem, o que é?”. E elas me falam sobre algo tão pequeno. Eu apenas digo: “Bem, vamos ver se o Senhor vai resolver esse problema. Nós vamos fazer o que pudermos”.
E às vezes elas vêm com um grande problema. Eu então lhes digo: “Isso é realmente emocionante. É fantástico. Sabemos onde está o problema. Se não soubéssemos, estaríamos em apuros”.
Aqueles que têm convivido comigo de forma mais próxima sabem que estas são sempre as minhas atitudes diante dos problemas.

Você pode perder sua alegria. Você pode começar olhando para a pilha de estrume em cada pastagem, se você quiser. Você pode viver a vida dessa forma. É uma escolha que você faz.
Eu escolho me alegrar, permanecer entusiasmado e animado sobre o que Deus está fazendo.
As circunstâncias não podem me afetar se eu posso atuar na força do Espírito de Deus. Porque eu creio no que a Bíblia me ordena: “Regozijai-vos sempre”. Eu me firmo na inabalável esperança que a Palavra de Deus nos promete.

Ouça, não deixe ninguém tirar a sua alegria. Se você não tem a alegria do Senhor, é porque você está olhando para as coisas erradas.
A alegria está disponível. Podemos nos alegrar com qualquer coisa. Todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8:28).

A sétima atitude é paz. Essa é uma palavra bonita, não é? Paz.

Jesus disse: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não a dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize (João 14:27).

E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus (Filipenses 4:7).

Se a alegria é a exuberância exterior, a paz é o contentamento interior. E quando você vê as pessoas que vêm para o Senhor, elas falam sobre a alegria e paz. Esse é o contentamento interior que descansa no Senhor.
Agora, se isto não é verdade em você, há algo errado em sua vida. Mas, quando você trata o pecado e anda no Espírito, não importa o que aconteça, a paz estará presente.

Nunca devemos permitir que alguém nos tire a paz. Eu sempre procuro cultivar no coração uma atitude de paz, descanso e confiança em Deus.
Temos visto em Romanos 8 que estamos seguros em Jesus Cristo. E o subproduto desse tipo de segurança é uma profunda sensação de descanso. Paz. Paz da alma.
Não há razão para estarmos incomodados. Não há razão para estarmos ansiosos. É por isso que Paulo diz:
“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Filipenses 4:6-7).

Jesus disse: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9).
Os cristãos devem ser pacificadores. Você não pode fazer nada mais maravilhoso para o reino de Deus, para a igreja de Jesus Cristo, do que ser um pacificador. Que coisa maravilhosa!
A natureza humana tende ao conflito, não é? Jó disse que “o homem nasce para a tribulação, como as faíscas se levantam para voar” (Jó 5:7).
Nos relacionamentos, os conflitos acontecem, e a coisa mais maravilhosa que poderíamos fazer é sermos pacificadores.
Em algum lugar em nossos corações tem de estar o compromisso com essa atitude que diz: “Eu estou em paz. Tudo está bem. Deus está no controle. Ele ainda está no seu trono. Eu vou ser um pacificador”.

A oitava atitude é a gratidão.

Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco (I Tessalonicenses 5:18).

Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo (Efésios 5:20).

As pessoas tropeçam por todo lugar tentando encontrar a vontade de Deus, pensando que Deus é um coelhinho da Páscoa universal que escondeu presentes entre os arbustos.
Eu encontrei a vontade de Deus em 1 Tessalonicenses 5:18, “em tudo dai graças” é a vontade de Deus em Jesus Cristo”.

As pessoas vivem a dizer: “Ah, se eu tivesse isto ou aquilo melhor”, ou seja, estão sempre a lamentar.
Seja grato. A ação de Graças é a atitude mais poderosa em sua vida. Se você pode cultivar um coração agradecido, você pode resolver muitos problemas.
Tudo que você tem a fazer é apenas continuar a oferecer a Deus graças e louvor. Esta é a solução para seus problemas.

O salmista queixou-se da prosperidade do ímpio e diz: “Eis que estes são ímpios, e prosperam no mundo; aumentam em riquezas. Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração; e lavei as minhas mãos na inocência” (Salmos 73:12-13).
Mas há uma mudança na sua perspectiva: “Até que entrei no santuário de Deus; então entendi eu o fim deles. Certamente tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição” (Salmos 73:17-18).
E Ele conclui: “Mas para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha confiança no Senhor Deus, para anunciar todas as tuas obras” (Salmos 73:28).

Se você tem um problema, e você está resmungando e reclamando o tempo todo, este comportamento não tem nada a ver com suas circunstâncias.
Tem a ver com a sua incapacidade de ser grato pelas obras que o Senhor tem feito. Cultive a gratidão, deixe-se preencher seus lábios com louvor.

Aja como o Salmista: “Cantai ao Senhor, vós que sois seus santos, e celebrai a memória da sua santidade” (Salmos 30:4) ou “louvai ao Senhor porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre” (Salmos 106:1).

Devemos ser gratos a Deus por nos fazer sempre triunfar em Cristo e por meio de nós manifestar em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento (II Coríntios 2:14).
Dar graças pelo dom de Cristo (II Coríntios 9:15), por tudo que Deus é e pelo reino vindouro (Apocalipse 11:17).
Dar graças por nossa eleição e salvação (II Tessalonicenses 2:13), pela vitória que Deus nos dá por nosso Senhor Jesus Cristo” (I Coríntios 15:57).
Devemos ser gratos pelo fato de que Cristo nos libertou do poder do pecado (Romanos 7:23-25), pela sabedoria e força (Daniel 2:23). E etc. etc.

Você deve cultivar a gratidão, em vez de ficar dando voltas, gemendo sobre como as coisas estão ruins.
Você diz: “Bem, eu não sou grato, mas olhe as minhas circunstâncias…”. Não, não são suas circunstâncias que te fazem uma pessoa não grata a Deus.
A razão pela qual você não é grato é porque você acha que não está recebendo o que merece.
Mas se recebesse o que merece, você já estaria no inferno. Você quer o que você merece? Não queira o que você quer se você não sabe o que Deus quer para você. Seja grato, e assim você anulará a acidez de sua vida.

Estas são atitudes simples, não são? Gratidão, paz, alegria, vontade de servir, unidade, amor, humildade, obediência.
Ouça com atenção. O que eu vou dizer pode soar como heresia, mas não é. Aqui estão oito atitudes que lhes falei até agora. Agora escute: se você cultivar qualquer uma delas, se apenas uma delas estivesse reinando de forma suprema em sua vida, todo o resto estaria lá também.

A obediência gera todas as outras atitudes. Se você é verdadeiramente humilde, então você amará e encontrará unidade.
E se você amar, você servirá, e desse serviço vem a alegria e uma profunda paz. E quando você tem uma profunda paz e alegria, e sua vida está cheia de serviço santo, você terá um espírito de gratidão para com Deus.
Se sua vida é totalmente dominada pelo amor, o que vai acontecer? “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada” (João 14:23).
A unidade traz junto a obediência, o amor, o serviço, a humildade. Há milhares de formas de pensarmos a respeito de como essas atitudes estão entrelaçadas. Não podemos ter, verdadeiramente, qualquer uma delas sem as demais.

É por essa razão que o “fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, domínio próprio” (Gálatas 5:22). Ou você tem tudo ou nada.
Você não pode dizer: “Bem, minha vida é cheia de amor gerado pelo Espírito Santo, mas sou infeliz, miserável e não tenho nenhuma alegria em minha vida”.
Não, não é possível. Vida cheia de amor é cheia de alegria, paz, bondade etc.

A igreja tem aguda necessidade de pessoas que vivam essas atitudes intensamente. Uma pessoa assim promove tremendo impacto no Reino de Deus.
Uma igreja que tem as atitudes corretas pode transformar o mundo.
Louvo a Deus porque temos vivenciado isto entre nós, mas precisamos ser mais intensos a cada dia.

Pai, vimos esta manhã com o coração cheio de expectativa de que Tu nos atenderias.
Nós te adoramos. Nós exaltamos Teu nome em nossas músicas, louvor e em nossos corações.
Nós olhamos para a Tua Palavra, e ouvimos Tu falares conosco e nossas almas foram convencidas.
Queremos nos conformar, querido Senhor, ao homem perfeito, que é a plenitude da estatura de Cristo.
Enche nossos corações, Pai, com aquilo que é bom.
Que sejamos aqueles que são gratos por tudo, tudo. Alegres, pacíficos, dispostos a servir, usando nossos dons sempre que tivermos oportunidade.
E que possa haver um desejo tal de obediência de modo que nós, literalmente, transbordemos em amor e humildade, que são atitudes identificadoras das pessoas realmente comprometidas.
E, Senhor, sabemos, também, que onde quer que nós Te representemos no mundo, Teu Reino avança e as pessoas são abençoadas.
Para isso, oramos em nome de Cristo. Amém.


Esta é uma série de 8 sermões sobre a Anatomia do Corpo de Cristo (igreja)

01. Anatomia da Igreja: O esqueleto
02. Anatomia da Igreja: Os sistemas internos – Parte 1
03. Anatomia da Igreja: Os sistemas internos – Parte 2
04. Anatomia da Igreja: Os sistemas internos – Parte 3
05. Anatomia da Igreja: Os sistemas internos – Parte 4
06. Anatomia da Igreja: Os músculos e a carne – Parte 1
07. Anatomia da Igreja: Os músculos e a carne – Parte 2
08. Anatomia da Igreja: A cabeça da igreja


Este texto é uma síntese do sermão “The Anatomy of the Church: The Internal Systems, Part 2”, de John MacArthur, em 18/09/1983.

Você poderá ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:

https://www.gty.org/resources/sermons/2026/the-internal-systems-part-2

Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno


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1 Response

  1. Rafaella disse:

    Amém!

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