A Santidade

“Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos”.
Isaías 6:5

Este é o sentimento de todo homem que se viu a si mesmo por trás de sua máscara, tendo sido confrontado com uma visão interior da santidade pura que é Deus. Tal experiência é sempre acompanhada de violenta consternação.

A não ser que tenhamos nos visto como Deus nos vê, não nos perturbaremos muito com as condições ao nosso redor, enquanto elas não fugirem muito ao nosso controle ameaçando o nosso conforto. Aprendemos a viver com a iniquidade, e achamos coisa natural e esperada.

É necessário a abertura de um canal pelo deserto de nossa mente para que nela penetrem as águas doces da verdade. A santidade de Deus não é simplesmente o melhor que conhecemos. Não conhecemos nada semelhante a santidade de Deus. Somente o Espírito Santo poderá nos dá o conhecimento da santidade. Assim como a eletricidade flui por meio de um condutor, assim também o Espírito flui através da verdade, e tem de encontrar pelo menos alguma partícula de verdade na nossa mente, para que possa iluminar o coração.

Deus é santo. A fim de ser santo Ele são se conforma a nenhum padrão humano. Ele é o padrão. É absolutamente santo com uma plenitude infinita e incompreensível de pureza, incapaz de ser diferente daquilo que é. Porque é santo, todos seus atributos são santos. Tudo que pertence a Deus é santo.

Deus é santo, e fez da sua santidade a condição necessária para manter saudável o universo. A presença temporária do pecado apenas acentua esta verdade. O que é santo é saudável; o pecado é uma doença moral que conduz à morte. Tudo que não é santo desagrada totalmente a Deus.

Nem o céu nem as estrelas são puros à vista de Deus. Nenhum homem poderá dizer com honestidade “eu sou santo”, mas também nenhum homem honesto estará disposto a ignorar “segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o senhor”.

Neste dilema, o que nós, cristãos, devemos fazer? Devemos nos revestir de fé e humildade. Ele não desprezará o coração contrito e quebrantado. Devemos esconder nossa falta de santidade nas chagas de Cristo, como Moisés se escondeu na fenda da Rocha enquanto a glória do Senhor passava. Devemos ocultar-nos de Deus em Deus. Acima de tudo devemos crer que Deus nos vê perfeitos através de Jesus, enquanto nos disciplina e purifica, para que possamos participar de sua santidade.

Pela fé e obediência, pela meditação constante sobre a santidade de Deus, amando a justiça e odiando a iniqüidade, crescendo sempre no conhecimento do Espírito de Santidade, podemos nos acostumar à comunhão dos santos na terra e nos preparar para a comunhão eterna com Deus e os santos lá do alto.

NOTA DO SITE

A Palavra de Deus diz: “E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas” (I João 1:5). Por não ter trevas, Deus livrou seus filhos das trevas: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12). Por isso “Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade” (I João 1:6).

Lembramos no velho hino:

Santo! Santo! Santo! Deus onipotente!
Cedo de manhã cantaremos teu louvor.
Santo! Santo! Santo! Deus Jeová triúno,
És um só Deus, excelso Criador.

Santo! Santo! Santo! Nós, os pecadores,
Não podemos ver tua glória sem temor.
Tu somente és santo; não há nenhum outro,
Puro e perfeito, excelso Benfeitor.

Santo! Santo! Santo! Todos os remidos,
Juntos com os anjos, proclamam teu louvor.
Antes de formar-se o firmamento e a terra.
Eras, e sempre és e hás de ser, Senhor.

Santo! Santo! Santo! Deus onipotente!
Tuas obras louvam teu nome com fervor.
Santo! Santo! Santo! Justo e compassivo,
És um só Deus, supremo Criador 

A W Tozer

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