Oração de Jesus em João 17 (Parte 1)


Esta é a síntese do primeiro sermão de John MacArthur sobre a oração de Jesus em João 17. Veja no fim do texto o link dos demais sermões.


João 17
1 Depois de assim falar, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti;
2 Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.
3 E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
4 Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.
5 E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.

O capítulo 17 do evangelho de João relata uma grande oração do Senhor Jesus, marcando o fim de seu ministério terreno. Mas também aguarda com expectativa a razão pela qual Ele veio: A sua grande obra na cruz.

Jesus poderia ter feito esta oração em silêncio. Mas Ele falou em voz alta para que todos os seus discípulos em todos os tempos soubessem. Esta magnífica oração é certamente um exemplo do tipo de comunicação constante que havia entre o Filho encarnado e o Pai. Esta é, no entanto, a única oração de Jesus que nós temos realmente as palavras.

  • Quando Ele começou Seu ministério público, logo após seu batismo, “cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto e quarenta dias foi tentado pelo diabo, e naqueles dias não comeu coisa alguma” (Lucas 4:1-2). Foram quarenta dias de jejum e comunhão com o Pai.
  • Antes de escolher os doze apóstolos “subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus” (Lucas 6:12).
  • Certa vez “tomou consigo a Pedro, a João e a Tiago, e subiu ao monte a orar. E, estando ele orando, transfigurou-se a aparência do seu rosto, e a sua roupa ficou branca e mui resplandecente” (Lucas 9:28-29).

Foi uma vida diária com este nível de comunhão com o Pai. Mas não há nenhum registro de tal oração como esta em João 17. As demais orações, exceto apenas algumas palavras breves, não foram escritas para nós. E assim esta oração tem um significado monumental, pois foi integralmente escrita para nós.

Em João 17 Jesus estava falando com o Pai sobre três assuntos:

  • Versículos 1-5 sobre Si mesmo;
  • versículos 6 a 19 sobre os Seus apóstolos;
  • e os versículos 20-26 em relação a todos os que viriam a crer nele. 

É uma oração abrangente. Agora vamos olhar apenas para os primeiros cinco versos, a primeira parte desta oração. Nas próximas vezes veremos o restante [veja links no fim do texto]. 

João 17 de 1 a 5: Jesus fala ao Pai sobre Si mesmo em antecipação da cruz

O capítulo 17 de João começa com as palavras: “Depois de assim falar” (v.1) referindo-se a tudo o que está contido nos capítulos 14, 15 e 16. Esses capítulos relatam um rico tempo de Jesus com Seus apóstolos, onde Jesus fez profundas e ricas promessas a eles. Então, Jesus segue imediatamente com esta oração. Ele sabia que tudo o que ele havia dito no último dia com seus discípulos, todas as verdades e todas as promessas que fez, apenas aconteceria no poder e na vontade do Pai, e assim ele ora por isto.

Nós podemos fazer tudo o que pudermos para o Reino de Deus: Promover, ministrar, pregar, instruir, aconselhar e evangelizar. Mas no final de tudo isso, nada realmente acontece a menos o que Deus quer e se move a fazer. E assim todos nós somos chamados à oração. A oração deve ser a base de tudo que nos movemos a fazer.

Calvino escreveu: “A verdade não tem poder a menos que a eficácia seja dada a ela a partir dos Céus”. Jesus expôs esta verdade muitas vezes. É por isso que a base de tudo deve ser a oração. Assim Jesus clama ao Pai para cumprir tudo o que prometeu

“Levantando seus olhos ao céu, disse: Pai…” (v.1), uma postura comum de oração, Ele identifica a Deus como Pai, tal como nos versículos 5, versículo 21 e versículo 24.

A primeira coisa que ele diz nesta parte da oração é fundamental: “É chegada a hora” (v.1) ou “a hora chegou”.

Uma declaração surpreendente. Por muitas vezes Jesus se afastou de situações porque sua hora ainda não tinha chegado. Jesus seguia uma agenda e um tempo determinado por Deus na eternidade. Mas agora a hora havia chegado. Jesus estava consciente deste momento único na história, quando daria sua vida na cruz para redimir a criação caída.

Para cada acontecimento na história há uma hora determinada por Deus. Há um momento. Há um tempo determinado pelo Deus onipotente e eterno. Ele é o Senhor da história.

A redenção na cruz foi uma materialização de um momento do plano soberano e da vontade de Deus. E, nesse plano, o tempo exato e a hora exata de cada evento foram determinados e designados pela mão soberana do Altíssimo.

Que horas era aquela? Uma hora da qual Jesus falou que havia finalmente chegado. A hora de que Jesus falou foi, e sempre será, o ponto crucial da história humana. É o ponto crucial de todos os tempos. É o ponto crucial da redenção. É, de fato, a cruz, o maior evento de todos os tempos, o cruzamento de duas eternidades estava prestes a cumprir.

  • Havia chegado a hora em que o Filho de Deus terminaria Sua humilhação, e ainda assim, neste fim, Ele seria mais humilde do que nunca.
  • A hora em que Ele iria encerrar seus trabalhos como Deus encarnado e ainda sofrer mais do que nunca.
  • A hora em que Ele iria acabar para sempre o sistema de sacrifícios pelo pecado e ao mesmo tempo ser o sacrifício final.
  • A hora do cumprimento de todas as profecias.
  • A hora de que todos os profetas falaram e que todos os homens de Deus ansiavam.
  • A hora que define a salvação de qualquer pessoa.
  • A hora do triunfo sobre o pecado. A hora do triunfo sobre a lei e ira.
  • A hora do triunfo sobre o príncipe deste mundo.
  • A hora do descarte do velho e inauguração do novo.
  • Esta foi a hora para a qual Deus se manifestou como um homem e veio a este mundo.

E Ele sabia exatamente quando seria esta hora. Ele já havia dito isto aos discípulos: “É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado” (João 12:23). E completou: “Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora” (João 12:27).

Antes de ser glorificado, Jesus sofreria o cálice da ira de Deus. Os discípulos estavam perturbados e “então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei” (João 12:28). A hora, de fato, havia chegado. A hora gloriosa para desfazer a maldição, reconciliar os pecadores com Deus e por luz sobre as trevas.

E tudo seria realizado em uma cruz. O Rei da Glória foi pregado no madeiro por alguns soldados romanos sob o comando dos religiosos judeus. Pelo Pai Eterno, Jesus se fez pecado por seus escolhidos e suportou a ira de um Deus que odeia o pecado. Foi uma hora em que o sol se recusou a brilhar (Lucas 23:44), em que a terra abalou e cambaleou (Mateus 27:50-52). Uma hora em que sepulturas foram abertas e jogou para fora seus mortos (Mateus 27:52-53). Era a hora da glória.

E é por isso que, no versículo 1, Ele diz: “Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti”. Jesus está dizendo: “Pai, concede que, por meio deste evento prestes a acontecer, a cruz, a ressurreição, a ascensão e a coroação, eu seja glorificado, para que eu possa glorificar a Ti”.

Quando o filho é glorificado, o Pai é glorificado: “Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou” (João 5:23). Eles são inseparáveis. Se o filho recebe honra, o Pai é honrado. Jesus está querendo ser glorificado, a fim de refletir a glória do Pai. A cruz revelaria não só a glória do filho, mas a glória do Pai também.

O que isso significa? Bem, a glória de Deus é a soma de todos os Seus atributos. E a glória de Cristo é a soma de todos os Seus atributos. E quando você olha para a cruz, a ressurreição, a ascensão e a coroação, o que você pode contemplar? Uma exposição tremenda do amor de Deus, da misericórdia de Deus, do poder de Deus, da justiça de Deus, da santidade de Deus, da bondade de Deus, da graça de Deus, da ira de Deus, do julgamento de Deus, da sabedoria de Deus, do conhecimento de Deus e tantos outros tremendos atributos divinos.

E as glórias do filho e as glórias do Pai, que são as mesmas glórias, são exibidas naquela hora. E assim Cristo olha para a cruz para que Ele e Seu Pai, que são inseparáveis, possam exibir a glória. Ele via o sofrimento, contudo a realidade da exibição de todos os atributos gloriosos de Deus é o que dominava sua mente. Todos os atributos de Deus se reúnem em glória na cruz.

A glória de Deus é seus atributos. Seu amor, misericórdia, graça, sabedoria, onisciência, onipotência, onipresença etc., todos eles são Sua glória.
E na cruz todos os atributos de Deus se manifestaram de uma forma que nunca tinham sido antes manifestos, tais como:

  • A justiça de Deus se manifestou em não poupar nem a seu filho de sua ira contra o pecado, quando Jesus tomou sobre si o pecado da humanidade. Foi um custo altíssimo para Deus, mas sua justiça foi manifesta e glorificada.
  • A bondade e misericórdia de Deus foram demonstradas e glorificadas na cruz, quando deu seu filho em resgate do homem.
  • O amor de Deus foi glorificado na cruz, porque foi demonstrado que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho para redimir a humanidade (João 3:16). O amor de Deus é visto na cruz como em nenhum outro lugar.
  • A santidade de Deus foi glorificada, pois quando Jesus tomou o pecado, ele se afastou de Jesus (Mateus 27:46). Deus é tão santo que seus olhos não podem ver o mal (Habacuque 1:13).
  • A fidelidade de Deus foi glorificada, ao cumprir a promessa de resgatar o homem. A cruz de Cristo foi este resgaste.
  • O poder de Deus, ao aniquilar a morte e a Satanás, foi glorificado na vitória de Cristo na Cruz.

Você diz: “Como na cruz a glória de Cristo se manifesta singularmente? Como na cruz é a glória de Cristo manifestada de uma forma diferente de todas as outras formas?”. Bem, Jesus menciona três maneiras neste texto, e eu só vou compartilhá-los com você resumidamente.

A primeira revelação manifesta da glória de Deus que vem na morte de Cristo é a provisão de vida eterna

Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste (João 17:2).

Aqui está a primeira e mais óbvia glória na cruz, pela qual Cristo deve ser honrado e o Pai também deve ser honrado. Eles ofereceram a vida eterna, o dom mais imerecido já dado por Deus aos pecadores indignos.

E o que é esta a vida eterna? Não é uma duração de vida. É um tipo de vida. É uma vida. “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (v.3). Uma vida definida como conhecer a Deus, conhecê-Lo no sentido mais pleno, conhecê-Lo por único Deus verdadeiro, através de Jesus Cristo, a quem Ele enviou. Uma vida de intimidade com o Criador. Esta é a primeira glória na cruz. E a vida eterna é a maior glória.

A segunda coisa que nós vemos aqui é que a cruz mostra a glória de Deus no trabalho de perfeita obediência.

Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer (João 17:4).

Jesus havida dito: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra” (João 4:34). Ele disse que veio para fazer a obra de Seu Pai. E a fez por completo. Em total obediência. Ele disse coisas como estas, que demonstram uma obediência total e submissa:

Portanto, o que eu falo, falo-o como o Pai me tem dito (João 12:50).
Eu amo o Pai, e faço tudo como o Pai me mandou (João 14:31)
A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou (João 7:16).
A palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou (João 14:24)
[Eu] nada faço por mim mesmo; mas falo como meu Pai me ensinou (João 8:28).

Olhando além da cruz, quase por um momento, Ele diz: “Eu te glorifiquei na terra”, como se estivesse olhando para trás e vendo uma obra pronta e concluída. E Ele está dizendo, em essência:

Eu tenho sido totalmente obediente até o último momento, mesmo lá no jardim agonizante, suando grandes gotas de sangue, agonizando sobre a antecipação da separação de Ti por tomar sobre mim o cálice da ira divina contra o pecado.

Naquele momento ele disse: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22:42). Na cruz Ele bradou: “Está consumado” (João 19:30). Ou seja, a “obra está completa”. Uma vida de perfeita obediência do nascimento à morte, justiça perfeita, submissão perfeita, cumprimento perfeito da vontade do Pai, tudo perfeito.

Tinha que ser assim. Se Jesus tivesse obedecido a Deus em tudo e tivesse evitado a cruz, teria provado que poderia existir algum comprimento em que o amor de Deus não iria, e, portanto, o amor de Deus seria imperfeito. É na glória da cruz que está o fornecimento da vida eterna. E a glória da cruz prova que o amor de Deus, juntamente com a ira de Deus, não têm limites. Ao ir para a cruz, Jesus mostrou que não havia nada que o amor de Deus não faria por seus escolhidos, para redimi-los e trazê-los para a glória.

Há uma terceira glória na cruz: Através dela Jesus voltou para o Pai.

E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse (João 17:5).

A cruz era uma glória para Ele, porque nela, Ele forneceu a vida eterna, e nela, Ele demonstrou sua perfeita obediência. E através dele Ele voltou para o Pai. O Pai pôde dizer assim:

Sim, você fez o trabalho que proporciona a vida eterna. Sim, você demonstrou uma perfeita obediência. E agora você vem para casa com a glória que você tinha comigo no início.

A cruz era o caminho de casa para Ele. Ele ansiou voltar para o Pai. Ele ansiou ter restaurada a glória que ele tinha junto ao Pai. Esta é a alegria de um retorno. Esta é a alegria de uma missão cumprida. Esta é a alegria da comunhão do homem com Deus restaurada, salvação oferecida, Satanás derrotado, o poder do pecado destruído e a morte aniquilada. E agora? Desfrutar tudo junto ao Pai.

  • Ele estava pedindo algo que não possuía? Não! Ele estava pedindo mais glória do que Ele tinha antes? Não!
  • Ele desejava a glória que tinha com o Pai antes que o mundo existisse.
  • Ele não iria voltar a uma glória maior, pois Jesus era e voltou a ser totalmente glorioso como Deus verdadeiro.
  • Não há graus de ser Deus. Não há graus de glória na divindade. A Trindade Santa é totalmente gloriosa.

Ele é Deus. Ele sempre será Deus. Ele não pede mais glória do que ele tinha e terá eternamente, porque não há mais nenhuma glória além da glória divina. Foi uma conclusão maravilhosa de Sua obra redentora e restauração à glória que Ele tinha com o Pai desde o início.
Tudo se cumpriu. Ele veio, morreu, ressuscitou, subiu ao céu e foi coroado.

[Jesus] sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai (filipenses 2:5-11).

Ele veio de Deus como uma missão. Ele retorna a Deus com a missão perfeitamente e totalmente cumprida. A cruz era a porta de entrada para a glória. Glória ao Pai que o enviou, a glória para os pecadores que Ele veio para redimir e a glória para Si mesmo.

Ao pensar naquela sexta-feira da cruz, pense nestes termos, e não a agonia e nos açoites tão dramatizados em filmes. Não pense nem mesmo na execução tão dolorosa, nem mesmo nas calúnias e no ódio que sofreu de seu próprio povo e dos romanos.

Pense na cruz como algo que foi para a glória do Senhor. Foi assim que o Senhor Jesus a viu. E lembre-se das palavras de Paulo: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus” (Gálatas 6:14).

Pai, nós te agradecemos por este tempo maravilhoso esta noite. Pensar sobre a cruz deixa que nossas mentes sejam inundadas com as glórias deste evento transformador. As implicações da cruz são eternas. Nós te agradecemos pela a glória da cruz! Que possamos nos gloriar e nos alegrar nela! Que possamos expressar nossa gratidão por este dom que veio a nós pela sua maravilhosa graça! Amém!


Esta série está dividida em 3 partes.

A oração de Jesus em João 17 – Parte 1
A oração de Jesus em João 17 – Parte 2
A oração de Jesus em João 17 – Parte 3


Esta é uma série de sermões traduzidos de John MacArthur sobre todo o Evangelho de João.
Clique aqui e acesse o índice ordenado por capítulo, com links para leitura.


Este texto é uma síntese do sermão “The Divine Prayer for Glory Displayed”, de John MacArthur em 14/04/2006.

Você poderá ouvi-la integralmente (em inglês) no link abaixo:

http://www.gty.org/resources/sermons/80-305/the-divine-prayer-for-glory-displayed

Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno


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1 Response

  1. pedidos de oração disse:

    Muito obrigado pela postagem, ótimo artigo. Inclusive
    voltarei mais vezes ao seu site. 🙂

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