A Gloriosa Divindade de Jesus

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. (João 1: 1-3)

Esta é a mais profunda verdade do universo. Qualquer criança é capaz de entendê-la. Mas é algo compreensível apenas pela fé. O intelecto humano não pode assimilar esta verdade. Muitos cientistas dizem não crer em Deus por não conseguirem provar sua existência pelos seus métodos e intelecto. A grandeza de Deus está oculta aos sábios e revelada aos humildes… aos pequeninos.

[Jesus disse] Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve. (Lucas 10:21)

Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação (I Cor. 1:21)

Através deste evangelho estaremos face a face com Jesus, o Filho de Deus. O evangelho foi escrito para que pudéssemos crer no Verbo Eterno e que Ele um dia manifestou-se em um corpo. Quer o homem creia, ignore ou não creia nisto, esta é uma verdade absoluta.

  • Mateus enfatiza Jesus como o Rei prometido e o messias de Israel. Sua genealogia e relatos iniciais apontam isto.
  • Marcos enfatiza Jesus como um servo e profeta, ele não apresenta sua genealogia. O servo não a tem.
  • Lucas enfatiza Jesus como o homem perfeito andando entre os pecadores.
  • João enfatiza a sua origem celestial. O Deus que se fez carne. Jesus não era metade homem e metade Deus. Ele era totalmente homem e totalmente Deus.

Em seu evangelho, João mostra a encarnação de Cristo, a humilhação de Deus ao se fazer como um de nós. No Apocalipse, João mostra a glorificação do Cristo vitorioso e Senhor. João, de forma simples e acessível a qualquer pessoa, apresenta Jesus como o caminho, a verdade, a vida, a luz do mundo, a ressurreição, o bom pastor, o pão da vida etc. Alguns o receberam e creram e outros o rejeitaram ou o ignoraram. Isto definirá não somente a vida do homem nesta terra, mas também seu destino eterno.

“No princípio era o Verbo…” não quer dizer que Deus teve um princípio. Não há palavras para expressar o que é eterno. O homem não consegue entender isto plenamente. Só o eterno pode entender a eternidade. O Verbo Eterno não foi criado. Ele nunca começou. Ele sempre foi, é e sempre será. Ele é ungido desde a eternidade (Pv. 8:23). O eterno não tem principio e nem fim. 

Jesus foi apresentado como o Verbo, ou Palavra ou Logos. O Judeus criam que a Palavra de Deus era o poder criador de tudo. Jesus foi apresentado como esta Palavra de Deus. Os gregos filosofavam com o Logos, como sendo um poder impessoal que criou e susta tudo. Jesus foi apresentado como este Logos. João diz aos judeus e aos gregos: Esta Palavra ou Logos manifestou-se em carne diante dos homens.

O Verbo Eterno estava desde o principio com Deus. Perto de sua morte Jesus orou: “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (João 17:5). Na cruz do Gólgota, o cálice da ira de Deus sobre o pecado da humanidade, estava sobre Jesus. A dor deste cálice é imensurável, ninguém poderia suportá-lo. O cordeiro santo de Deus o suportou.

Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras. (João 14: 8-11)

Jesus é Deus em um corpo. Ele é a perfeita revelação de Deus. Não há outro. Não podemos aceitar qualquer pensamento que diminua sua divindade. Isto é uma blasfêmia. Negar que Jesus é Deus e se manifestou em carne é algo que a Palavra se posiciona de forma contundente:

Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo. Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. (II João 7,9-10)

Jesus não é apenas um mestre, um servo, um sábio ou um bom homem. Ele é Deus em um corpo. Nada menos que isto. Paulo declara: Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema (Gal. 1:8).

Jesus trouxe Deus para o homem. Deus se fez carne, habitou entre nós, identificou-se com o homem, tomou seu lugar na cruz, para levá-lo a mesma comunhão que este homem tinha com Deus no Éden. “Ele veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (João 1:11). Um triste e nefasto fato. O que era dele? Tudo. Tudo foi feito por Ele e para Ele (Col. 1:16). Mas há um glorioso e esplendoroso fato: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome (João 1: 12).

Jesus não só voltará para completar a redenção do homem, como também para redimir toda a criação. Com o pecado, a criação foi amaldiçoada. A natureza está desfigurada. Mas um dia a natureza será redimida. O leão e o cordeiro vão coabitar em harmonia.

Jesus é a vida. Desde ao mais simples ser vivo a um arcanjo ele é a fonte da vida. Mas, muito além disto, Jesus é a fonte da vida espiritual e da vida eterna. Vida espiritual e vida eterna são opostas da morte espiritual e da morte eterna. O morto espiritual não tem sensibilidade por Deus. Ele é um cadáver. Mas Jesus veio dar vida aos mortos, pois ele é a fonte da vida. Não há vida em qualquer outro (Atos 4:12). Nenhum homem terá vida se esta não lhe for concedida por decisão soberana do Senhor desde a eternidade.

Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. (Joao 1: 9-10)

A luz foi manifesta a todo homem que vem ao mundo. Nenhum homem é inocente perante Deus. Deus já revelou tudo para tornar o homem sempre responsável perante Ele.

A luz resplandeceu nas trevas…” (João 1:5). Onde estão as trevas: No mundo. Quem governa o mundo em trevas? O príncipe das trevas, Satanás.
Ele se empenhou em destruir a luz. Ele tentou Jesus no deserto, incitando-o a abandonar o caminho da cruz. Em todo momento ele levantou oposição a luz, até por fim quis esmaga-la na morte.

“…E as trevas não a compreenderam…” (João 1:5). No grego este texto diz: “As trevas não puderam lança-la fora”. Em outras palavras: As trevas não conseguiram resisti-la ou abafa-la. As trevas odeiam e combatem a luz. Mas, Jesus é a luz que brilha nas densas trevas. As trevas não podem prevalecer sobre esta luz.

Jesus é o Deus eterno. Deus em um corpo. Ele é a vida e a luz. Não há questões sobre esta verdade eterna.
A única questão que existe é: O que você vai fazer sobre esta verdade eterna?


Esta é uma série de sermões traduzidos de John MacArthur sobre todo o Evangelho de João.
Clique aqui e acesse o índice ordenado por capítulo, com links para leitura. 


Este texto é uma pequena síntese do sermão “The Divine Word”, proferido por John MacArthur em 22/02/1970.

Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:

http://www.gty.org/resources/sermons/1502A/the-divine-word

Tradução e síntese feitas pelo Site Rei Eterno



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1 Response

  1. Frankmar Corrêa disse:

    ALEXANDRE DE ALEXANDRIA DEFENDE DIVINDADE DE JESUS E RESPONDER AO HEREGE ÁRIO.

    Quem ouviu, alguma vez, semelhantes coisas? Quem, agora que as ouve, não tapará os ouvidos para impedir que essas ignóbeis palavras cheguem até eles? Quem, ouvindo João dizer: ‘No princípio era o Verbo’ (Jo 1,1), não condenará os que dizem: ‘Houve um tempo em que ele não era’? Quem, ainda, ouvindo estas palavras do Evangelho: ‘Filho único de Deus’ (Jo 1,18) e ‘Tudo foi feito por meio dele’ (Jo 1,3), não detestará os que afirmam que o Filho é uma das criaturas? Como pode ele ser igual ao que foi feito por ele? Como pode ser Filho único aquele que elencamos com todas as coisas, na categoria destas? Como viria ele do nada, ao passo que o Pai diz: ‘De meu seio, antes da aurora, eu te gerei?’ (Sl 109,3)? Como seria ele, em sua substância, diferente do Pai, ele que é a imagem perfeita e o esplendor do Pai (2Cor 4,4; Hb 1,3) e que diz: ‘Quem me vê, vê o Pai’ (Jo 14,9)? Se o Filho é o Verbo e a Sabedoria do Pai, como teria havido um tempo em que ele não existia? É como se dissessem que houve um tempo em que Deus não tinha Palavra nem Sabedoria. Como está sujeito à transformação e à alteração aquele que diz de si mesmo: ‘Eu estou no Pai e o Pai está em mim’ (Jo 10,38) e ‘Eu e o Pai somos um’ (Jo 10,30), e que disse pelo profeta: ‘Vede-me; eu sou e não mudo’ (Ml 3,6)? Mesmo que se pense que essa palavra pode ser dita pelo próprio Pai, seria agora, no entanto, mais oportuno, julgá-la dita por Cristo, porque, tornado homem, ele não muda, mas, como diz o Apóstolo, “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e pela eternidade’ (Hb 13,8). Quem os leva a dizer que é por nós que ele foi feito, enquanto .. Paulo diz: ‘Para ele e por ele todas as coisas existem’ (Hb 2,10)? Quanto à sua afirmação.. de que o Filho não conhece perfeitamente o Pai, não seria de causar surpresa, pois, uma vez que eles decidiram a combater Cristo, desprezam também as palavras do próprio Senhor que diz: ‘Como o Pai me conhece, eu também conheço o Pai’ (Jo 10,15)”.

    Alexandre de Alexandria-Século IV-.carta encíclica ao episcopado.

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